O Boavista recebeu e venceu, esta quarta-feira, no Estádio do Bessa, a equipa do Marítimo por 2-1. Com as lentes apontadas ao regresso de Yusupha à titularidade, avançado que regressou de lesão, acabou por ser o Marítimo a entrar a vencer e a obrigar os “axadrezados” a ir atrás do prejuízo. Recorde-se que Yusupha era dos melhores do Boavista antes de se lesionar com alguma gravidade e acabou por ser determinante na reviravolta da equipa da casa.

O Marítimo aproveitou alguma falta de ideias do Boavista e adiantou-se no marcador logo aos 8 minutos, com Everton a fazer o golo após um lance algo atribulado que acaba com o avançado brasileiro a desviar um remate da direita.

Boavista, sem o capitão Idris, alinhou com Sparagna à frente da defesa e isso fez-se sentir num ataque pouco produtivo. Já no final do primeiro tempo, surge o lance mais polémico do encontro. O árbitro assinalou grande penalidade a favor do Boavista apesar das imagens televisivas deixarem a sensação de que Zainadine não toca com o braço no esférico. O árbitro ainda escutou as indicações do videoárbitro mas não voltou atrás na decisão. Na marca dos 11 metros, David Simão permitiu a defesa de Charles mas, na recarga, apareceu Mateus para empatar a partida antes da recolha às cabines.

Golo a fechar a primeira parte, desperdício a abrir a segunda com Everton a ter oportunidade para bisar mas, na cara de Vágner, a atirar por cima. A partir daí, um novo Boavista surgiu no relvado do Estádio do Bessa, com bastante mais vertigem, muito por causa do trabalho ofensivo de Yusupha e das entradas de Tahar e Rui Pedro.

Depois de desperdiçar duas grandes oportunidades aos 75 e 76 minutos, à terceira, foi de vez para o Boavista. Cruzamento do lado esquerdo e Yusupha, solto de marcação dentro de área, cabeceou para completar a “remontada” dos “axadrezados”. Antes do final do encontro, mais uma grande oportunidade para o Boavista, com Charles a fazer uma grande defesa a um remate de longe e com Rui Pedro a não conseguir a emenda. Diney ainda esteve perto do empate na última jogada do encontro mas Vágner encaixou e segurou os três pontos.

Regresso do Boavista às vitórias com Yusupha em grande e com um lance onde o VAR não fica bem na fotografia. A equipa do Porto fecha a 20ª jornada na sétima posição com 27 pontos, menos dois do que o Marítimo, que é sexto.

“A nossa segunda parte foi avassaladora”

No final do encontro, Jorge Simão mostrou-se agradado com a reação da equipa na segunda parte: “A nossa segunda parte foi avassaladora”, referiu.

Em relação à primeira parte menos conseguida, o técnico lembrou o mérito e qualidade do adversário: “A nossa primeira parte não foi só demérito nosso. O Marítimo é uma equipa extremamente competitiva e combativa”, lembrou.

Quanto ao lance da grande penalidade, não teceu grandes comentários, referindo que não tinha visto o lance.

“O VAR é uma ferramenta muito boa, que não está a ser utilizada devidamente”

Por sua vez, Daniel Ramos salientou a boa entrada do Marítimo na partida: “Neutralizámos o Boavista. Reduzimos o Boavista a zero oportunidades”, afirmou.

Ao contrário de Jorge Simão, deixou críticas ao videoárbitro, considerando que o golo do empate surgiu de um lance irregular: “até dou o benefício ao árbitro, mas não posso dar ao vídeoárbitro. O VAR é uma ferramenta muito boa, que não está a ser utilizada devidamente. O árbitro deve sempre ir ver este tipo de lances. Além do erro ao assinalar o penálti, na conversão há outro: o Mateus invadiu o círculo, antes de o penálti ser marcado”, referiu.

Artigo editado por Filipa Silva