Pelo segundo ano consecutivo, os alunos do terceiro ciclo e do ensino secundário são convidados a ter ideias para melhorar a escola onde estudam. A apresentação do Orçamento Participativo das Escolas (OPE) decorre esta terça feira, em Lisboa, na presença do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. A sessão marca o início do desenvolvimento das propostas desta edição em todas as escolas do país que aderiram ao projeto.

Através do OPE, o Ministério da Educação (ME) transfere para cada estabelecimento de ensino integrado no projeto uma verba extra: 1 euro por cada aluno, sendo 500 euros o valor mínimo. Esta verba será usada pelos estudantes para a concretização das suas propostas.

O objetivo do OPE é, segundo o ME, “incentivar a capacidade de tomar decisões, compreender o funcionamento das instituições democráticas e dos sistemas de votação, apelar ao espírito crítico de cidadania e participação, bem como proporcionar momentos de debate entre estudantes do sétimo ao 12.º anos”. Assim, os alunos são incentivados a ter ideias, fazer campanha junto dos colegas e, depois, votar na proposta que mais lhes parece contribuir para melhorar a escola.

Este ano, os alunos foram ainda desafiados a desenvolver a parte gráfica do projeto. O novo logótipo, o cartaz distribuído pelas escolas e o vídeo de apresentação da edição 2018 resultou da criatividade dos alunos.

No último ano, na Escola Padre António Vieira, onde decorre a apresentação do OPE2018 esta terça-feira, venceu um projeto que permitiu a transformação de uma sala de estudo num espaço de lazer para os alunos, com a aquisição de puffs e de uma televisão.

Segundo fonte do Ministério da Educação, das quase 5 mil propostas apresentadas no OPE2017, destacam-se as rádios escolares, a aquisição de mais tecnologia, a criação de hortas escolares e mudanças nas salas de convívio e nos recreios. A edição passada abrangeu mais de meio milhão de alunos.

Artigo editado por Filipa Silva