A cidade do Porto tem 21 casas de banho públicas a servir turistas, comerciantes e restante população. Apenas 13 estão situadas no centro histórico e, de acordo com várias entidades, ficam àquem do que seria desejável na resposta às necessidades crescentes. A gestão e manutenção destes espaços está a cargo da Câmara Municipal, Juntas de Freguesia e STCP.

Para colmatar a falta de casas de banho públicas da invicta foi leiloada esta segunda-feira (dia 5), em hasta pública, uma das 13 casas de banho públicas do centro da cidade. O leilão representa o primeiro passo para a partilha da exploração dos sanitários com entidades privadas, durante o período noturno.

O Presidente da União de Freguesias do Centro Histórico, António Fonseca, afirma que esta é uma boa solução, uma vez que garante novos postos de trabalho e, ainda, consegue assegurar a limpeza das ruas.

“As casas de banho estão ser geridas pelas juntas, no âmbito do acordo de execução na Câmara”

Em conversa com o JPN, António Fonseca explicou que “o leilão é uma iniciativa da junta de freguesia, porque as casas de banho estão ser geridas pelas juntas, no âmbito do acordo de execução na Câmara.” António refere que o fluxo turístico e a necessidade crescente de sanitários levaram a autarquia a pensar nesta medida de partilha de horário com os privados.

O autarca diz que o executivo portuense não se posicionou face ao leilão, uma vez que a gestão deste sanitário não é responsabilidade da Câmara. Já Belmiro Magalhães, deputado municipal da CDU, critica a inação de Rui Moreira face a “uma ausência total ou acesso muito limitado” a sanitários nas principais zonas da cidade.

Em declarações ao JPN, o deputado municipal afirma que “a Câmara do Porto não se referiu a nenhuma verba nem a nenhum programa em concreto a implementar no Porto. Pelo menos que seja do domínio publico, não fez absolutamente nada.”

“Temos uma câmara que para resolver um problema tão óbvio como é este das casas de banho tarda em haver qualquer tipo de medida e de investimento”

Um mês e meio depois da Assembleia Municipal onde se debateu a questão dos sanitários públicos, a Câmara não apresentou qualquer proposta para solucionar o problema. Belmiro Magalhães disse não rejeitar, contudo, uma eventual proposta que venha a ser apresentada.

Belmiro Magalhães afirmou não ter uma medida concreta para resolver a falta de sanitários na cidade e explicou: “O que nós fizemos foi questionar o Presidente da Câmara sobre este assunto porque nos deparámos com um paradoxo: temos uma câmara que para pôr parquímetros é uma “pressinha”, mas para resolver um problema tão óbvio como é este das casas de banho tarda em haver qualquer tipo de medida e de investimento”.

Veja o mapeamento das casas de banho públicas do Porto, de acordo com a informação que o JPN recolheu nos sites Oportonity, VisitPorto. e Porto.

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Artigo editado por Sara Beatriz Monteiro