A maioria dos portugueses está mais consciente dos sintomas, fatores de risco e tratamento do Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM). São algumas das conclusões do novo estudo divulgado pela iniciativa Stent Save a Life no Dia Nacional do Doente Coronário que se assinala esta quarta-feira, dia 14.

O estudo tinha como objetivo avaliar o nível de conhecimento da população portuguesa em relação ao Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM)-uma das principais causas de morte em Portugal e na Europa – e contou com a participação de 1044 pessoas.

Dos inquiridos 95% associaram a “dor no peito” a este tipo de enfarte, percentagem superior à registada em 2012 (85%), o que  demonstra um maior conhecimento em relação à doença.

A maioria dos inquiridos (92%) afirma que existem fatores de risco associados ao enfarte do miocárdio e apontam o excesso de peso como principal fator. Já a diabetes continua a ser desvalorizada por algumas pessoas que não consideram a doença um fator de risco associado ao enfarte.

96% dos inquiridos tem consciência de que o EAM é uma doença grave

Mais de metade dos inquiridos (57%) afirmou que caso tivesse um sintoma de Enfarte Agudo do Miocárdio ligar para o 112 seria a primeira opção. No entanto, quando questionados sobre o que fariam em caso de sentirem dor no peito, suores, náuseas e vómitos apenas 38% afirmam que ligariam para o 112, enquanto que 27% afirmam que se iriam dirigir a uma urgência hospitalar.

Em relação ao meios de diagnóstico, 68% referiram o eletrocardiograma como forma de diagnóstico, demonstrando que estão familiarizados com a doença.

A maioria dos inquiridos revelou ter consciência da gravidade do enfarte do miocárdio, sendo que 96% tem consciência de que se trata de uma doença grave e que é necessário tratamento imediato.

O cardiologista Hélder Pereira, coordenador da Stent Save a Life na Europa, afirma, em nota enviada à imprensa, que “o conceito de Enfarte do Miocárdio já é do conhecimento generalizado dos portugueses, que relacionam a doença a problemas das artérias do coração”.

No entanto, de acordo com o especialista, a população deve ser sensibilizada para a valorização da Diabetes como um dos fatores de risco associado a esta doença e para a importância de ligar para o 112 na presença de sintomas de EAM, em vez de ir ao hospital pelos próprios meios ou esperar que os sintomas passem.

Artigo editado por Sara Beatriz Monteiro