A Câmara Municipal do Porto ainda não conseguiu vender o Edifício Transparente (ET), no Porto. O processo de ajuste direto para vender o imóvel, iniciado há um ano pela autarquia, não se concretizou, depois da hasta pública também não ter tido licitadores.

A autarquia colocou o edifício à venda a 16 de fevereiro de 2017 por 7,96 milhões de euros e, sem quaisquer interessados em comprar o imóvel, colocou-o à venda por ajuste direto durante um ano, isto é, por um valor até cinco por cento inferior ao valor base de licitação do imóvel em causa.

O gabinete de comunicação da Câmara do Porto explicou ao JPN que não tendo sido concretizada a venda do edifício por ajuste direto,”a única forma passaria por uma nova hasta pública”. No entanto, o mesmo gabinete adianta que ainda não é certo que haja uma nova hasta pública e que, a haver, “não está definida uma data”.

Relativamente à possibilidade de reduzir o preço de licitação base numa nova hasta pública, o gabinete de comunicação da autarquia referiu que “a Câmara Municipal do Porto ainda não pensou em valores”.

Noutro plano, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) elaborou um relatório em setembro de 2017, no qual era referido que o Edifício Transparente tinha irregularidades e poderia “provocar danos contra a saúde e a segurança das pessoas”. O mesmo estudo apontava falhas “quer de construção, quer de manutenção” e indicava a possibilidade de incêndio como “o maior risco”.

Quando questionada sobre esta situação, a autarquia delegou a responsabilidades para a HotTrade, a quem o edifício foi concessionado de 2004 a 2024: ”  Todos os reparos que têm de ser feitos no edifício fazem parte do contrato com a concessionária. A Câmara do Porto não se pronuncia sobre esse assunto”, sublinhou.

Artigo editado por Sara Beatriz Monteiro

Artigo corrigido a 20 de fevereiro de 2018. O Edifício Transparente situa-se na cidade do Porto e não em Matosinhos como erradamente se referia no artigo.