O Instituto Politécnico do Porto (IPP) e as companhias de teatro da extinta Fábrica da Rua da Alegria reuniram-se esta quarta-feira (21) para acertar as bases do projeto que vai nascer na antiga Escola Primária Gomes Ferreira.

De acordo com uma nota enviada esta sexta-feira às redações pelo IPP, a iniciativa vai juntar algumas das companhias, alguns elementos a título individual e diplomandos do Politécnico do Porto na área das artes.

Com esta colaboração, o IPP pretende apoiar a integração dos artistas no mercado de trabalho, através da partilha de conhecimento em contexto real.

A Escola Gomes Ferreira vai acolher cerca de 10 projetos ligados às artes performativas que tiveram de abandonar a antiga fábrica de meias na Rua da Alegria, onde estavam instalados, devido a obras no edifício.

O IPP esclareceu que o espaço “poderá, ainda, prestar serviços com caráter pontual a outras entidades” como ações de formação e eventos culturais. A instituição quer, com isto, “promover a fruição cultural e a qualidade da produção artística e de gestão cultural”.

O Instituto Politécnico do Porto adiantou também que durante as próximas semanas se irá reunir com as companhias de teatro para aprovar “os documentos orientadores da gestão e da responsabilização entre as partes” e avaliar pormenorizadamente “a sustentabilidade financeira a médio e longo prazo” do projeto.

A Câmara Municipal do Porto cedeu ao IPP a antiga Escola Primária José Gomes Ferreira para ali instalar o projeto da “Fábrica da Rua da Alegria”, porque este espaço (da Rua da Alegria) vai ser alvo de obras de alargamento.

Depois da fábrica de meias, a escola primária

Foram 11 as estruturas que tiveram de abandonar a Fábrica da Rua da Alegria, espaço cedido em 2005 pela Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE) a um grupo de ex-alunos do curso de Teatro que precisavam de um sítio para ensaiar.

A Palmilha Dentada, uma das companhias da “Fábrica da Rua da Alegria”, estreou na quinta-feira (22) um novo espetáculo.

Ivo Bastos explicou ao JPN que os ensaios da peça foram feitos num espaço cedido pelo Teatro Independente de Paranhos, por ainda não poderem fazer uso da Escola Primária Gomes Ferreira.

“Eis o Homem” pode ser visto até dia 18 de março, de quarta-feira a domingo, às 21h46, no Armazém 22, em Gaia.

Artigo editado por Filipa Silva