Em março de 2017, Sebastião Feyo de Azevedo, reitor da Universidade do Porto (UP), anunciou que a instituição ia investir 45 milhões de euros em reabilitação de património. Cerca de três milhões vão ser utilizados para obras nas áreas externas do Estádio Universitário, nomeadamente para colocar um campo de relva sintética, como refere Bruno Almeida, diretor do Centro de Desporto da Universidade do Porto (CDUP-UP) ao JPN.

As obras ainda não começaram porque requerem a abertura de um concurso público, de modo a decidir quem fica encarregue do projeto, explicou o responsável. Bruno Almeida adiantou ainda que o processo de licenciamento da obra deu entrada na Câmara Municipal do Porto no início de 2018 e que, neste momento, estão à espera que as licenças sejam passadas para abrir um concurso público internacional.

A Câmara Municipal do Porto confirmou, em resposta via e-mail, o pedido de licenciamento e que a “tramitação do processo está a decorrer dentro dos prazos legalmente previstos”.

O diretor do CDUP-UP informou que há a expetativa de que, após conseguirem a licença, o concurso esteja concluído e seja possível iniciar o processo de reabilitação num prazo de três a quatro meses. A obra tem uma duração prevista de um ano.

Estádio Universitário do Porto

Numa área de construção de 2.900 m2, o Estádio Universitário inclui, além de um campo de futebol/rugby relvado, o Pavilhão Prof. Dr. Galvão Telles, uma pista sintética de atletismo, dois campos de ténis e um polivalente desportivo de ar livre.

Bruno Almeida salientou a urgência das obras, uma vez que o Estádio Universitário do Porto – inaugurado em 1953 – “não tem uma intervenção a sério há mais de 60 anos”, pelo que está bastante degradado. O diretor do CDUP-UP explicou que a “Universidade pretende ter instalações dignas, com qualidade, para que os estudantes e a comunidade tenham acesso à prática desportiva na melhor forma possível”.

De acordo com Bruno Almeida, os pavilhões são as instalações que se encontram em melhores condições, graças a uma intervenção que teve início em dezembro de 2015 e incluiu obras na zona da receção e balneários, um novo telhado e um novo piso.

A reabilitação da área externa do Estádio Universitário surge integrada num “programa inédito de reabilitação patrimonial” da UP, que pretende “resolver sérios problemas pendentes relativos ao património edificado”, segundo anunciou Sebastião Feyo de Azevedo há cerca de um ano.

O programa “é resultado de um acordo exemplar” celebrado entre os diretores das faculdades, que pretende a existência de uma “política sustentada de preservação do património”, explicou na altura o reitor da UP.

Os principais investimentos destinam-se a obras de reabilitação de três faculdades da Universidade do Porto: a Faculdade de Economia (FEP) – já em curso – a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação (FCNAUP) e a Faculdade de Belas Artes (FBAUP). O Palacete de Burmester e o Edifício Histórico da Universidade do Porto vão ser igualmente alvo de obras de requalificação, assim como o espaço público e as zonas verdes do pólo de Asprela.

Artigo editado por Filipa Silva