A programação do “Cultura em Expansão” para 2018 foi divulgada esta terça-feira na Associação de Moradores do Bairro da Pasteleira – Previdência / Torres. Todas as freguesias do concelho estão abrangidas nesta iniciativa promovida pela Câmara do Porto. O projeto exige dos cofres da cidade 215 mil euros e conta com o apoio financeiro de 30 mil euros da Fundação Manuel António da Mota.
A edição de 2018 terá quatro blocos programáticos: “Fala-me ao ouvido”, dedicado à música e à partilha de histórias dos artistas com o público. O bloco “Viagens” é uma das novidades deste ano, com cinema insuflável, uma conferência, uma “objetoteca” e uma galeria portátil, que combinam as artes visuais, o teatro e o cinema.
Já “Laboratórios” tem o maior destaque este ano. Abrange diversas áreas temáticas, como a literatura, o circo, a criação musical e a realização cinematográfica, através de workshops e formações. Por fim, “O palco é a cidade” é sinónimo de artes performativas, através de quatro produções teatrais, onde atores amadores podem interagir com profissionais da área.
“O programa mais ambicioso, mais completo e mais regular”
Um concerto de António Pinho Vargas abre a edição deste ano do “Cultura em Expansão”, a 24 de março, no Auditório da Junta de Freguesia de Campanhã. Pela primeira vez em 5 edições, o projeto chega a todas as freguesias do concelho, sendo este “o programa mais ambicioso, mais completo e mais regular”, segundo Rui Moreira.
O presidente da Câmara afirma que “apesar da pluralidade de linguagens artísticas e estéticas” este é um programa que aposta em “vários projetos de continuidade” pelo impacto positivo que têm na sociedade.
Comparado a uma semente que precisa de germinar, “Cultura em Expansão” tem este ano uma vertente educativa e informativa transversal a todo o programa. Segundo o adjunto para a cultura, Guilherme Blanc, a organização pretende continuar a “combinar as duas intenções programáticas, a trabalhar no contexto de bairro social e ir para locais onde a oferta cultural é escassa.”
Para Rui Moreira este “não é um projeto típico de coesão social, mas sim cultural”. O Presidente do Município defende o caráter inclusivo da iniciativa, uma vez que pretende envolver “todos os cidadãos, independentemente da sua situação, da sua localização e da sua posição, na escala social”, mas reforça que o principal objetivo é levar as pessoas a participar e a crescer culturalmente.
A iniciativa conta 21 projetos, mais quatro do que no ano passado. Sendo 13 deles de continuidade, 11 coproduções, apresentações e estreias, e um total de 68 apresentações e sessões públicas nas sete freguesias da cidade.
“Cultura em Expansão” encerra a 16 de dezembro, com a apresentação do filme de Leonor Teles, no Teatro Municipal Rivoli.
Circo Social é novidade da Cultura em Expansão
O Coliseu do Porto faz parte da 5ª edição da “Cultura em Expansão” com o projeto “Circo Social”.
Sob a direção artística de Elsa Caillat e João Paulo Santos, artista consagrado internacionalmente, 20 rapazes e raparigas, do Bonfim, com idades entres os 14 e 20 anos, terão a oportunidade de viver e fazer parte do circo. As primeiras oficinas de experimentação corporal e técnicas de expressão artística estão previstas para março e julho.
Ainda é possível assistir a espetáculos, visitas de estudo a escolas artísticas, museus e estruturas de criação artística da cidade que complementam a experiência.
Os novos artistas terão oportunidade de apresentar o resultado desta oficina de aprendizagem no dia 1 de julho, às 16h00.
O Circo Social é uma das apostas da 1ª edição do Festival Internacional de Circo no Porto.
A apresentação da programação contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, do adjunto para a Cultura, Guilherme Blanc, do vereador da Habitação e Coesão Social e da Educação, Fernando Paulo, e de Rui Pedroto, representante da Fundação Manuel António da Mota, que patrocina o projeto. E, ainda, José Manuel Ferreira, presidente da Associação de Moradores do Bairro da Pasteleira.
Artigo editado por Sara Beatriz Monteiro