A proposta vai ser votada esta quarta-feira (21) em reunião do Executivo da Câmara Municipal do Porto (CMP). Em questão está a gestão municipal dos parques de estacionamento do Palácio de Cristal e da Praça dos Poveiros, que a autarquia quer assumir, e a revisão do tarifário praticado no Silo Auto.

A possibilidade da gestão dos parques de estacionamento dos Poveiros e do Palácio de Cristal regressar à esfera municipal deve-se ao facto de estar próximo o fim das concessões estabelecidas pelo Município há 20 anos para os parques em questão.

De acordo com a proposta apresentada pela vereadora da Mobilidade, Cristina Pimentel, a medida faz parte de uma “estratégia integrada de mobilidade”, referiu num artigo publicado no site de notícias da CMP.

O objetivo é garantir “o equilíbrio entre o estacionamento off-street e on-street, a proteção aos moradores e comerciantes e o incentivo à utilização de modos mais suaves e de veículos menos poluentes”.

A proposta baseia-se num estudo que analisou os preços dos parques de estacionamento e concluiu que a municipalização destes dois parques “permite alargar o número de lugares disponíveis a preços e tarifas mais reduzidas a outras zonas geográficas da cidade”.

De acordo com a Câmara Municipal, desde o início do ano, as receitas da concessão dos parques de estacionamento do Palácio de Cristal e dos Poveiros rondam os 3.700 e 5.500 euros mensais, respetivamente.

Valores estes que são bastante inferiores aos auferidos pelo parque de estacionamento da Trindade – sob gestão municipal – o qual, no último semestre de 2017, arrecadou uma receita líquida mensal próxima dos 23 mil euros.

Ao mesmo tempo, o tarifário do Parque das Carvalheiras – Silo Auto – deve também sofrer uma revisão em baixa de preços.

As novas tarifas entram em vigor no final de abril, no parque do Palácio de Cristal, e no fim de maio, no estacionamento da Praça dos Poveiros. No caso do Silo Auto, serão aplicadas no dia seguinte à data de publicação da nova tabela de preços, em data ainda a divulgar.

A mesma proposta prevê ainda a “a gratuidade para motociclos, ciclomotores e bicicletas nos lugares devidamente assinalados”, bem como “o pagamento de apenas 85% do valor, consoante o tipo de avença, para veículos elétricos”, à semelhança do que já sucede em todos os restantes parques municipais.

Artigo editado por Filipa Silva