Os trabalhadores da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto têm greve marcada para segunda-feira (26), com a paralisação a ter lugar entre as 09h00 e as 12h00.

O objetivo é “reclamar o pagamento imediato de metade do vencimento relativo ao mês de Fevereiro, que ainda está em dívida a todos os trabalhadores da União de Freguesias”, como se afirma no comunicado do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionários e Afins (STAL) publicado esta terça-feira.

O documento refere ainda que o sindicato “considera intolerável que tão grave situação possa ocorrer numa entidade pública, sublinhando que a referida União de Freguesias recebe regularmente verbas do Orçamento do Estado para salários e não pode desviá-las para outros fins, privando os trabalhadores de meios de subsistência”.

Em conferência de imprensa na passada sexta-feira (16), António Fonseca, o presidente da União de Freguesias do Centro Histórico, dizia estar à espera de verbas da Câmara Municipal do Porto para efetuar o pagamento. Segundo o próprio, a situação deveria ficar regularizada no próprio dia.

Já o executivo municipal, em comunicado publicado no mesmo dia, demarca-se da posição do presidente da junta e afirmava ser “totalmente despropositado invocar o nome da Câmara Municipal do Porto em eventuais problemas financeiros ou de liquidez resultante das opções dos executivos de Freguesia”.

A notícia da greve dos trabalhadores de Cedofeita, São Nicolau, Vitória, Sé, Miragaia e Santo Ildefonso – que serão perto de 80, no total – surge no dia seguinte ao Bloco de Esquerda exigir a demissão de António Fonseca, depois do autarca admitir fechar creches e ATL numa tentativa de reestruturar os gastos com recursos humanos.

Artigo editado por Filipa Silva