Na visita de Rui Moreira ao Mercado do Bolhão nesta segunda-feira, o presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP) apelou à cidadania, uma vez que o futuro do espaço vai depender da vontade dos portuenses em adquirir produtos no espaço provisório. Depois de começadas as obras, “o que podemos fazer é promover [o Bolhão]”, explicou o autarca.

“Esta é uma campanha de fidelização para apelar a que as pessoas participem e percebam que isto é um movimento cívico. As pessoas têm de perceber que estão a tratar do seu Mercado e que o futuro do espaço depende da sua vontade de aqui virem fazer as suas compras”, salientou Rui Moreira.

O presidente da Câmara garantiu que vai ser feita uma “campanha inicial sem precedentes”, com o objetivo de criar novos hábitos aos clientes que frequentam o espaço. O investimento previsto é de 50 mil euros.

Rui Moreira visitou o stand de promoção do Mercado Temporário do Bolhão.

Rui Moreira visitou o stand de promoção do Mercado Temporário do Bolhão. Foto: Maria Branca Ramos Foto: Maria Branca Ramos

Para Rui Moreira, só se vai perceber se as atividades promocionais surtiram efeitos positivos quando terminarem as obras no Mercado do Bolhão: “Temos de perceber qual é a nova dinâmica que um mercado com outras condições vai criar, mas também sabemos que o verdadeiro resultado só vai ser conhecido daqui a dois anos quando voltarmos para aqui”.

De acordo com o autarca da Câmara, o Mercado do Bolhão vai ter “uma porta de ligação” à estação do metro. A parceria entre a CMP e a Metro do Porto vai também ser visível através das bancas de promoção, que vão ser instaladas em algumas paragens do metro.

Compras no Bolhão dão brindes

O posto de promoção, localizado no Mercado do Bolhão, vai estar em funcionamento durante três meses. Para já, está instalado no Mercado, mas, com a abertura do Mercado Temporário no centro comercial La Vie, vai transitar para o novo espaço.

Miguel Guimarães, gestor do projeto, explicou como vai funcionar a caderneta de fidelização: “É uma campanha que consiste em oferecer às pessoas uma caderneta mediante a apresentação do talão de compra. Cada compra é válida e não interessa o valor em si, mas sim trazer as pessoas ao mercado diariamente”.

Cada compra diária recebe um carimbo até completar a caderneta na sua totalidade, o que habilita à oferta dos brindes que compõe kit do Mercado Temporário do Bolhão.

“São estas quatro peças de madeira: temos uma colher, uma espátula, um garfo, uma tábua e, ainda, um saco personalizado com o logótipo do mercado temporário”, mostrou o responsável.

Comerciantes mudam-se para novo espaço no final do mês

A data de início das obras está prevista para dia 2 de maio, dia em que se inaugura o Mercado Temporário do Bolhão no centro comercial La Vie.

Os comerciantes vão passar as suas bancas para a rua Fernandes Tomás nos dias 28, 29 e 30 de abril. “Alguns comerciantes já começaram a instalar algumas das coisas”, avançou Rui Moreira.

No novo espaço, há bancas para 66 vendedores, quatro estruturas para restaurantes e lojas para 12 comerciantes. As bancas de frescos abrem de segunda a sexta, das 8h00 às 20h00. Ao sábado, o fecho será às 18h00.

O mercado provisório, “apesar de não ter o charme que tem o Mercado do Bolhão, é muito mais confortável”, segundo o presidente da CMP. O local tem parque de estacionamento, ligação direta à estação de metro do Bolhão, wifi grátis e acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.

Rui Moreira lembrou que, quando terminarem as obras, vai haver espaço para novos comerciantes: “Daqui a dois anos faremos uma hasta pública e poderemos inscrever outros comerciantes que virão acompanhar os que temporariamente ficarão aqui ao lado”, afirmou o autarca do Porto.

Lembrando que o custo total da operação é de cerca de 27 milhões de euros, o presidente garantiu que os trabalho “vai ser bem feito” e que o prazo de dois anos é suficiente, “até porque uma parte da obra, que causava mais constrangimento, está feita”.

O Mercado Temporário do Bolhão tem também um novo site, onde estão disponíveis todas as informações referentes ao espaço provisório.

Artigo editado por Sara Beatriz Monteiro