A celebração do título do FC Porto este domingo fazia antecipar um início de noite calmo para os lados do Queimódromo. Mas não foi bem assim.

Pouco passava das 22h00 quando a frontline junto ao palco principal da Queima das Fitas do Porto começou a ficar preenchida. Lá, os estudantes aguardavam ansiosamente os concertos da noite, mesmo com diferentes preferências. Uns para Capitão Fausto, outros para Diogo Piçarra e ainda alguns para ambos, mas todos, sem exceção, para a diversão.

Quando os Capitão Fausto abriram o palco, por volta das 23h00, já o recinto estava mais habitado. Uns mais perto das barracas, outros mais perto do palco. A festa já tinha começado e não havia volta a dar. Os que assistiam ao concerto, cantavam e dançavam com a banda, batiam palmas ao ritmo da música e, sobretudo, divertiam-se.

Os Capitão Fausto também se estrearam na Queima das Fitas do Porto. Foto: Inês Moura dos Santos

“Amanhã ‘tou melhor” e “Teresa” são duas das músicas mais conhecidas e mais icónicas dos Capitão Fausto e que, como não podia deixar de ser, conduziram ao auge muitos dos presentes. “Estávamos à espera de menos gente e na verdade acabou por ser uma festa muito divertida”, confessou Domingos Coimbra, um dos cinco membros da banda, aos jornalistas, já depois do concerto.

“Pessoal confesso, não estava à espera disto”

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Quem nunca arredou pé foram os espectadores, estudantes na sua maioria, que esperavam já o concerto do Diogo Piçarra. “Espero que façamos a festa esta noite. Já era um grande desejo meu vir à queima e as minhas expectativas são muito altas. Eu espero que sejam cumpridas, também vou fazer por isso”, contou o artista antes do seu concerto – mal ele sabia a festa que o aguardava. Não tardou muito a descobrir, pois mal entrou no palco o público vibrou com as músicas do início ao fim do concerto.

Foto: Inês Moura dos Santos

Na plateia era possível ouvir os fãs a cantarem as músicas do artista como se fossem as suas. O público estava ao rubro e Diogo também. “Pessoal confesso, não estava à espera disto”, disse ele para os espectadores. “Eu quero que esta seja a melhor Queima onde estive este ano” e as pessoas continuavam a aplaudi-lo, cada vez mais, como se fosse recíproco. A setlist do artista contou com a música “Só existo contigo”, que o cantor aproveitou para dedicar à sua mãe, no Dia da Mãe. Mas após este momento sentimental, o furor na plateia regressou em força, o que culminou com Diogo Piçarra a fazer crowdsurfing.

Quando tudo parecia estar a acabar, tinham já sido feitas as despedidas, o cantor faz um encore e regressou para terminar o concerto com os seus dois êxitos comerciais “Tu e eu” e “Dialeto”. Entre o público, o pedido “E salta Diogo, allez”, rapidamente derivou para um “E salta Porto, allez” – parece que os festivos portistas tinham chegado ao recinto para terminar a noite em grande.

Já sem camisola, Piçarra foi cumprimentar o público, como gesto de agradecimento merecido pela audiência que teve. Desta vez, as despedidas foram de verdade, mas já não importava, os espectadores estavam satisfeitos com o concerto. Durante mais de uma hora Diogo Piçarra dançou, cantou e encantou o público da Queima das Fitas do Porto.

Mesmo sem concertos, a festa continuou. Lá ao fundo, nas barracas, a diversão estava apenas a começar e agora só parava quando já se visse a luz do dia.

Artigo editado por Filipa Silva