Com a missão de sensibilizar os estudantes para as doenças sexualmente transmissíveis (DST), vão ser feitos rastreios nos corredores principais do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP). A iniciativa decorre quinta-feira, 24 de maio, entre as 11h00 e as 16h00 e é para jovens dos 18 aos 24 anos de idade.

Os rastreios são promovidos pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e a participação é anónima e gratuita. Os interessados terão apenas de preencher um inquérito, dar o seu consentimento e entregar uma amostra de urina. Quem quiser pode solicitar o acesso aos seus resultados.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, as DST são responsáveis por mais de 350 milhões de novas infeções por ano. “São causadas pelas bactérias Chlamydia trachomatis, (Clamídia Genital), Neisseria gonorrhoeae (Gonorreia), Mycoplasma genitalium e pelo parasita Trichomonas aginalis (Tricomoníase)”, pode ler-se em comunicado.

Este rastreio quer, por isso, obter dados relativos à prevalência dos quatro microrganismos responsáveis por DST em Portugal uma vez que, atualmente, os dados são “quase inexistentes”.

“É necessário atuarmos ao nível da prevenção e da sensibilização, sobretudo porque a população jovem também desconhece as consequências das DST na sua saúde reprodutiva”, diz Maria José Borrego, investigadora e coordenadora do Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis do INSA, no mesmo comunicado.

A investigadora explica que “as DST são curáveis pela simples toma de antibiótico mas, quando não tratadas, podem causar doença inflamatória pélvica e infertilidade e, por outro lado, potenciam o risco de aquisição e transmissão do VIH/SIDA”.

O rastreio também pode ser feito em qualquer laboratório a nível nacional do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa.