Do Jamor para as Aves, a Taça é deles. Mas a Europa…
Pode alguém ser feliz aos 88 anos? Claro que sim, e o Clube Desportivo das Aves é prova disso. O histórico emblema de Santo Tirso sagrou-se este domingo vencedor da Taça de Portugal depois de bater, no Jamor, o Sporting por 2-1.
Alexandre Guedes, autor dos dois golos avenses, foi o herói do jogo. Freddy Montero ainda reduziu (85’) para os leões, mas a reviravolta de 2014/2015 não se repetiu. Para o Aves é o troféu mais importante do palmarés, para o Sporting o fecho de uma época que terminou em profunda depressão. Quim, o jogador mais velho que alinhou este ano no campeonato português, e que aos 42 anos conquista a sua primeira Taça de Portugal, depois de três passagens pelo Jamor, foi também uma das figuras do jogo.
O CD Aves é o 13º clube a conquistar a Taça. Junta-se ao FC Porto, Benfica, Sporting, Vit. Setúbal, Sp. Braga, Belenenses, Leixões, Estrela da Amadora, Beira Mar, Boavista, Académica e Vitória de Guimarães.
Em condições normais, o resultado do jogo significa uma entrada direta do Aves na Liga Europa e a ida do Sporting para a mesma competição, mas entrando pela terceira pré-eliminatória. O jornal “O Jogo” desta segunda-feira avançou, contudo, que o Aves não deverá entrar na prova por não ter tratado atempadamente (até dezembro) do licenciamento na UEFA. Assim sendo, seria o Rio Ave a acompanhar Sporting e Sp. Braga na Liga Europa. Desenvolvimentos para acompanhar nos próximos dias.
Mais três para Fernando Pimenta
Abandonamos terra firme para entrar na água com Fernando Pimenta ao leme. O canoísta português mais medalhado de sempre voltou a estar em evidência este fim de semana. Depois do título de campeão do mundo em K1 5000 metros e de vice-campeão do mundo em K1 1000 metros, alcançados em agosto passado na República Checa, Pimenta foi à Hungria somar mais duas medalhas de ouro na Taça do Mundo – precisamente nas duas distâncias referidas. A isto ainda somou a medalha de prata em K1 500. A ambição do canoísta limiano, medalha de prata olímpica em Londres, mantém-se intacta: “Estou muito feliz, foi um grande fim de semana, só faltou a terceira medalha de ouro”, afirmou no final da competição.
Thierry Neuville vence Rally de Portugal
Em terras lusas, Thierry Neuville foi rei. O piloto belga da Hyundai venceu o Vodafone Rally de Portugal e destronou Sebastien Ogier do topo da geral no Mundial de Rally. A consistência de Neuville valeu-lhe a vitória final numa prova que arrancou com 88 carros, na quinta-feira, e terminou com metade este domingo, em Matosinhos, onde esteve instalado o centro de operações do Rally.
Pelo meio houve uma passagem pelo coração da Invicta, tendo sido também o belga a estar em destaque ao vencer as duas classificativas. Entre os pilotos portugueses, Armindo Araújo foi o melhor com o 14º posto da geral.
Rafa Nadal de novo nº 1
O maiorquino continua a mandar na terra batida. Este domingo, em Roma, num jogo atípico, interrompido por causa da chuva, Rafael Nadal conquistou pela oitava vez na carreira o Masters 1000 da capital italiana.
Frente ao dez anos mais novo Alexander Zverev, Nadal venceu venceu por 6-1 o primeiro set, perdeu por igual parcial o segundo e acabou por fechar o encontro no terceiro set com um 6-3 que lhe valeu mais um título na carreira e a ascensão ao primeiro lugar no ranking ATP por troca com Roger Federer.
Esta segunda-feira, arranca o torneio cuja história se cruza há mais de uma década com a de Nadal: Rolland Garros. O espanhol já foi por dez vezes campeão em Paris e pode bem somar aos 31 anos o 11º título. Assim o permita a condição física do espanhol, há muito atacado por lesões.
Simon Yates brilhante em Itália
E para continuar por terras italianas, fazemos escala no Giro que se prepara para entrar na derradeira semana, conhecida por agitar a classificação geral. Sábado e domingo foram dias de Alpes para os corredores, com duas etapas de alta montanha, duríssimas, que colocaram à prova os que estão em Itália para ganhar. Desses, o destaque vai inteirinho para o camisola rosa, Simon Yates, da Mitchelton-Scott.
That Moment! (@SimonYatess – @MitcheltonSCOTT)#Giro #Giro101 pic.twitter.com/aDtfbaIX4e
— Giro d’Italia (@giroditalia) 20 de maio de 2018
O britânico foi segundo, no sábado, à chegada ao terrível Monte Zoncolan – só Chris Froome (Sky) foi melhor, por escassos segundos, e viria a pagar cara a fatura do esforço no dia seguinte – e foi o primeiro no domingo, em Sappada, levando a bom porto a fuga que encetou a 17 quilómetros da meta. Yates cimentou a liderança e chega assim, desportiva e animicamente, em boas condições ao que resta da prova. Esta foi a terceira vitória de etapa de Yates no Giro, sempre com a camisola rosa. Há 15 anos que não acontecia algo assim.
Esta segunda-feira é dia de descanso, terça-feira chega o grande teste ao britânico da Mitchelton: o contra-relógio individual que Thibaut Pinot (FDJ), mas sobretudo Tom Dumolin (Sunweb) vão tentar capitalizar para se aproximarem ou mesmo assaltarem a lideração da Grande Volta italiana. Para Froome, o assunto estará mesmo arrumado já que o quatro vezes vencedor do Tour, herói do Zoncolan, perdeu ontem muito tempo e está já a 4’52 da liderança. Uma palavra para José Gonçalves (Katusha), único portugues em prova, que está na 20ª posição da geral.
E ainda…
O Benfica que se sagrou campeão de Júniores A; O Madeira SAD que foi vencedor da Taça de Portugal de andebol feminino; Miguel Oliveira que foi sexto em Le Mans, este domingo, e que ascendeu ao segundo porto da geral no campeonato do mundo de Moto2; O campeonato conquistado pelo Galatasaray na Turquia; A Taça de Inglaterra que Mourinho cedeu ao Chelsea e a da Alemanha que o Bayern perdeu para o Eintracht Frankfurt; E as despedidas emocionadas a dois senhores do futebol mundial: Gianluigi Buffon, na Juventus, e a Andrés Iniesta no Barcelona.