Empoderamento é a palavra que melhor define a primeira edição do Porto Femme. O festival internacional de cinema pretende divulgar trabalhos realizados por mulheres na sétima arte. O festival acontece de 30 de maio a 3 de junho de 2018 no Auditório da Biblioteca Almeida Garrett, no Cinema Trindade, no Maus Hábitos e na Casa das Associações e a festa termina no Barracuda.

A iniciativa da Associação XX tem duas competições internacionais distintas: uma para trabalhos realizados por mulheres e outra para obras em que, pelo menos, uma mulher desempenha um papel fundamental (argumentista, produtora, animadora ou atriz principal).

A ideia de avançar com o festival surgiu, porque “havia um défice em festivais de cinema dedicados especificamente à mulher”, explica Ana Castro, uma das organizadoras. Rita Capucho, também da organização, aproveita para acrescentar: “Esta ideia surgiu até por causa de um artigo da Ana Catarina Pereira que falava que não havia festivais de cinema no feminino em Portugal”.

Da ideia passaram à ação e o evento chega ao Porto já no final do mês de maio. Para além da exibição de filmes a competição, o Porto Femme conta com as mostras, workshops, debates, sessões de perguntas e respostas e exposições.

As pequenas formações vão acontecer na Casa das Associações, na Rua Mouzinho da Silveira. No dia 31 de maio o público poderá participar num Workshop de Cinema Mobile orientado por Luísa Sequeira, realizadora e diretora do Super9 Mobile Film Festival e programadora do Shortcutz Porto.

No dia 2 de junho, Latifa Said – fotógrafa, realizadora e argumentista – vai orientar um Workshop de Escrita de Guião, no qual os participantes vão escrever um pequeno argumento de cinco a dez páginas, onde a personagem central terá de ser obrigatoriamente uma Mulher.

Imagem do filme “Arenas de Silêncio”

As inscrições para os workshops podem ser feitas através do formulário disponível no site www.portofemme.com e têm o custo de 10€ e 15€, respetivamente.

O melhor filme a abordar as temáticas dos direitos da mulher e da violência de género vai receber o Prémio Lutas e Direitos das Mulheres, independentemente da competição em que esteja inscrito.