Vai acontecer entre 13 e 16 de setembro e vai ter o Porto como palco de centenas de artistas de circo. O primeiro Festival Internacional de Circo do Porto, apresentado esta terça-feira, vai contar com uma dúzia de companhias nacionais e internacionais de circo que vão concretizar mais de 40 espetáculos.

Todos eles inéditos em território português e gratuitos, quer os que são dentro quer os que são fora de quatro paredes. Sim, porque os espetáculos vão dividir-se entre o Coliseu, o Largo de Santo Ildefonso, a Praça da Batalha, a Praça dos Poveiros e o Jardim de São Lázaro.

Mas nem só de artistas profissionais se faz este espetáculo. Com uma componente social associada, o festival vai apresentar o resultado de uma parceria com a Junta do Bonfim, através da qual os jovens desta freguesia foram desafiados pela arte circense: o chamado Circo Social, que se apresentará ao público dia 1 de julho, integrando o programa de Cultura em Expansão, da Câmara do Porto, e entre os dias 13 e 16 de setembro, no âmbito do Festival.

Mas também haverá tempo para discutir a situação desta arte em Portugal e na Europa, através de uma conferência Internacional ainda sem membros de painel, data ou horário revelados.

Conferência de apresentação do I Festival Internacional de Circo do Porto.

Conferência de apresentação do I Festival Internacional de Circo do Porto. Foto: Lara Jacinto

“O festival nasce de uma tradição e característica forte do Coliseu, que é a sua relação com o circo”, explicou o diretor da sala de espetáculos portuense, Eduardo Paz Barroso, em conferência de imprensa. E por isso quer ajudar a criar o maior evento de circo contemporâneo em Portugal, de forma a entrar, também, no roteiro dos maiores festivais internacionais deste âmbito.

Para já, foi apenas anunciado o nome das companhias internacionais que vêm ao Porto: três francesas, uma belga e outra alemã.

Destinados a todo o público (amante ou não de circo, dos oito aos 80), os espetáculos querem que o público viaje através das mais variadas narrativas: os franceses Lapsus apresentarão “Siz Pieds Sur Terre”, dia 15 e 16 de setembro, no Coliseu; D’irque & Fien, a única companhia belga confirmada até agora no Festival, vai apresentar “Sol Bemol” , em Santo Ildefonso entre 13 e 15 de setembro; já em São Lázaro, entre 14 e 16 de setembro, será a vez da companhia francesa HMG apresentar “3D”; ali ao lado, nos Poveiros, os alemães Zircus Morsa apresentam a sua criação “La Fin Demain”, a 14 e 15 de setembro; e, por fim, Clément Dazin mostra o que de melhor se faz em França com “Bruit de Couloir”, ainda sem data e local marcado.

Organizado pelo Coliseu do Porto em parceria com a Câmara Municipal, o festival tem a programação talhada por Paz Barroso e João Paulo Santos, acrobata premiado de mastro chinês, que expressou o desejo de que este venha a ser um projeto com continuidade, ao que Paz Barroso acrescenta que tudo depende dos fundos necessários e da futura disponibilidade financeira do Coliseu.

Com 70 mil espectadores previstos, o primeiro Festival Internacional de Circo do Porto foi cofinanciado em 153 mil euros pelo Programa Norte 2020, segundo o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Fernando Sousa, também presente na apresentação – o equivalente a cerca de 85% do investimento total necessário para a concretização do Festival, que ronda os 180 mil euros.

Artigo editado por Filipa Silva