PORTO: UMA CIDADE CICLÁVEL?

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Entrevistas completas

António Gonçalves
Ciclista urbano
Joana Valinhas
Ciclista urbana
João Cruz
Ciclista urbano
João Silva
Ciclista urbano
Luís Amaro
Ciclista urbano
Rodrigo Simões
Ciclista urbano
José Luís Pacheco
Associação de Ciclismo do Porto
Paula Teles
Mobilidade PT
Ricardo Cruz
MUBI
 

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Orografia, bicicletários, ciclovias, lojas e oficinas
Legislação para ciclistas

Aprender a andar de bicicleta

Créditos

Um trabalho de
Abigail Baptista
Alexandra Paiva Oliveira
Bárbara Baltarejo
Mariana Durães
Coordenação
Bárbara Baltarejo

Coordenação Editorial
Filipa Silva
Sara Beatriz Monteiro

Coordenação Geral
Ana Isabel Reis
Com o apoio de
U.Porto Media Innovation Labs
 
 
 

É médico e usa a bicicleta nos dias de trabalho. António Gonçalves vai da Senhora da Hora à Baixa do Porto num percurso com muito trânsito. Acredita no poder da sensibilização.

 
 

Joana Valinhas não tem automóvel. A bicicleta é o modo que elege para se deslocar para o trabalho ou em lazer. Gosta de descobrir os recantos da cidade que ficam inacessíveis a quem anda noutros meios de transporte. Pede mais bicicletários.

 
 

É um dos rostos do projecto "Por um Porto Mais Ciclável", cuja petição os subscritores esperam ver discutida na Assembleia Municipal da Invicta. Para João Cruz, ciclista urbano e dono de uma loja de bicicletas, as cidades mais desenvolvidas são aquelas onde a bicicleta é rainha.

 
 

"Para uma cidade ser ciclável, não tem de ser plana". Para João Silva há duas grandes mudanças a operar para fazer do Porto uma cidade ciclável: o desenho do trânsito - feito a pensar exclusivamente no automóvel - e a mentalidade. Vive e trabalha na Baixa e é no centro que gosta de andar de bicicleta.

 
 

Aprendeu a "descodificar a cidade" para vencer a sua orografia. Chama ao Porto a "cidade dos 20 minutos". Diariamente, Luís Amaro leva o filho à escola de bicicleta antes de ir para o trabalho. Ao Porto, diz, falta uma política integrada de mobilidade e Lisboa serve de exemplo.

 
 

Apesar de usar o automóvel como transporte preferencial, Rodrigo Simões opta pela bicicleta na Baixa. A "falta de respeito" dos automobilistas pelos ciclistas é, na sua opinião, a grande dificuldade. Isso e a falta de bicicletários onde deixar a bicicleta em segurança.

 
 

Já foi corredor do Benfica e do FC Porto. Desde 2017, José Luís Pacheco lidera a Associação de Ciclismo do Porto. Considera que ainda há muita resistência à bicicleta e não vê recetividade no município às provas de competição.

 

Lidera uma empresa que se dedica ao planeamento e gestão da mobilidade. Paula Teles diz que o Porto tem melhorado, mas tem ainda muito para fazer. Ser ou não ciclável, é uma opção "política". Aponta o exemplo de Vilamoura e acredita num conceito de cidade feita "ginásio ao ar livre".

 

Integra a direção de uma associação criada para pressionar as autoridades a promoverem a Mobilidade Urbana em Bicicleta. Ricardo Cruz defende que há "demasiados automóveis" no Porto, laxismo das autoridades perante a transgressão dos carros e um lóbi do automóvel com "muito peso" no país.

 

Aqui ficam, em resumo, as regras de circulação para os ciclistas de acordo com a mais recente versão do Código da Estrada.

 

Aprender a andar de bicicleta

Aprender a andar de bicicleta

Não saber andar de bicicleta deixou de ser um problema. Há várias empresas que desenvolvem esse serviço, independentemente da idade dos alunos. Portanto, respire fundo que nunca é tarde para aprender.

A Escola de Ciclismo ADSL é um exemplo. Intitula-se como uma escola para "todas as idades". Os treinos decorrem às quartas-feiras às 18h30 e aos sábados às 14h30, na antiga Escola Básica 1 Monte Mina, em Leça do Balio. Para se inscrever basta contactar a escola através do email: [email protected].

Mas bem no centro do Porto também há onde aprender a pedalar. A Bai de Bicla, uma loja de venda e aluguer de bicicletas alojada na Rua de Cedofeita, também disponibiliza este serviço. Em conversa com o JPN, José Luís Costa, o proprietário, contou que esta ideia surgiu como forma de incutir o gosto pela bicicleta para que se pudesse tornar um meio de transporte para o dia-a-dia. Uma aula individual de 1h30 custa 25 euros, com todo o equipamento necessário. Um grupo de amigos também pode fazer a inscrição conjunta – desta forma, o preço é mais baixo. As inscrições são feitas através do site. https://www.baidebicla.com/pt-pt/escola-da-bicicleta/

Para quem sabe andar de bicicleta mas não está habituado ao seu uso diário, a associação MUBI disponibiliza os bike buddies. Este é um serviço de acompanhamento e aconselhamento de novos utilizadores nas suas primeiras deslocações em contexto urbano, isto é, para quem vai usar a bicicleta na cidade como meio de transporte. Assim, durante duas semanas pode ter um "amigo" sobre rodas para fazer o percurso casa-trabalho-casa. Basta ter uma bicicleta, contactar a MUBI e desfrutar. Este serviço é prestado por voluntários e, como tal, é gratuito. http://bikebuddy.mubi.pt/