São portugueses, médicos, investigadores na área do cancro e catedráticos da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). A partir de hoje, passam a ter outra semelhança no currículo: serem considerados o patologista mais influente do mundo pela revista científica “The Pathologist”. Depois de Manuel Sobrinho Simões em 2015, é a vez de Fátima Carneiro.

A também diretora do serviço de Anatomia Patológica do Centro Hospitalar São João foi escolhida pelos colegas de profissão inquiridos pela revista britânica, numa lista que contempla 100 nomes.

“Mais do que uma distinção pessoal, a conquista deste prémio é um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido na Anatomia Patológica, uma especialidade médica à qual, por passar despercebida, não é atribuído o valor devido, mas que é essencial para o exercício da Medicina com as suas exigências atuais”, destacou Fátima Carneiro.

Segundo a nota de imprensa enviada pela FMUP às redações, a especialista assume “especial orgulho” por ter “conseguido atingir a senioridade na sua área de investigação – o cancro gástrico”, lembrando também as parceiras de investigação e ensino que promoveu ao longo da carreira.

“A docente da FMUP é autora de mais de 250 artigos científicos e contribuiu para o desenvolvimento de vários capítulos de livros de especialidade”, refere a mesma nota.

Fátima Carneiro nasceu em Angola e licenciou-se em Medicina pela FMUP em 1978. Tal como Sobrinho Simões, destacou-se como investigadora no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), hoje integrado no i3S. Ao longo da sua carreira, a investigadora dirigiu vários projetos internacionais, foi presidente da Sociedade Europeia de Patologia (2011-2013) e, em Portugal, coordenou a Rede Nacional de Bancos de Tumores (2008). Atualmente Fátima Carneiro preside a Academia Nacional de Medicina Portuguesa.