O FC Porto estreou-se na edição 2018/19 da Taça de Portugal com uma goleada sobre o Sport Clube Vila Real que lhe valeu o apuramento para a quarta ronda da prova. Adrián López foi o homem do jogo com quatro golos marcados. Os outros dois foram da autoria de Tiquinho Soares e André Pereira.

O FC Porto entrou em campo com várias mexidas no onze inicial. Da derrota frente ao Benfica, Sérgio Conceição retirou do “onze” Casillas, Maxi Pereira, Alex Telles, Danilo, Otávio, Marega e Brahimi e atirou para a equipa inicial Fabiano, João Pedro, Jorge, Bazoer, Óliver, Adrián López e André Pereira. Foi uma estreia absoluta de Jorge e Bazoer com a camisola azul e branca.

O Sport Clube Vila Real milita na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Vila Real, ocupando a terceira posição do campeonato. Nas rondas anteriores da Taça de Portugal, a equipa transmontana eliminou o Torcatense e a Sanjoanense.

“Show” de Adrián López

A partida começou um pouco tímida e sem grandes oportunidades. Contudo, a primeira ocasião de golo dos dragões surgiu aos sete minutos de jogo e resultou no primeiro golo. André Pereira recuperou a bola no meio-campo defensivo transmontano, deu em Óliver que assistiu Adrián López para um remate colocado para o fundo da baliza de Vítor Murta.

A partir do golo, o FC Porto pegou definitivamente no jogo. Passados mais sete minutos, Adrián López bisou na partida. Numa jogada de insistência dos campeões nacionais, a bola chegou à direita a João Pedro. Este cruzou para um corte deficiente da defensiva de Vila Real e Adrián López aproveitou para fazer o 2-0.

O espanhol fez, em 14 minutos, mais golos que em 29 jogos no FC Porto.

A equipa de Sérgio Conceição apresentava o sistema tático habitual, com André Pereira, Bazoer e Adrián López a “fazerem” de Marega, Otávio e Brahimi, no habitual 4-4-2. A facilidade de João Pedro a subir no terreno pela ala direta permitia que Bazoer explorasse terrenos mais interiores. No centro do terreno, Óliver Torres ia pautando o ritmo da partida.

As oportunidades de golo continuavam a surgir para os azuis e brancos. A mais flagrante saiu dos pés de Óliver que isolou Soares, mas o brasileiro, em desequilíbrio, atirou por cima da barra.

Mais duas grandes oportunidades para o FC Porto, depois dos 40 minutos. Primeiro, depois de um grande passe de Óliver, Herrera amorteceu para Bazoer que rematou, mas Solas tirou a bola em cima da linha. Depois foi Soares que rematou dentro da área para uma grande defesa de Murta.

Aos 44 minutos, nova contrariedade para a equipa de Vila Real. Bazoer isolou-se, mas foi derrubado por Raul Babo que acabou por ser expulso por António Nobre. No livre,  Adrián López fez o “hat trick” com um remate colocadíssimo.

O jogo chegou, logo depois, ao intervalo. Sem surpresa, o FC Porto comandava a partida e com o resultado sólido em 3-0. Graças aos três golos, Adrián López surgia como o homem em destaque, mas Óliver Torres apareceu também em bom plano na primeira parte.

Porto, Porto e mais Porto

A segunda parte recomeçou com mais um golo para os dragões. Óliver arrancou do meio-campo e fez um passe de morte a isolar Soares que só teve de desviar a bola do guarda-redes transmontano para chegar ao quarto golo sem resposta.

Mais facilidades para os campeões nacionais na segunda parte. Primeiro Herrera e depois Óliver Torres ficaram muito perto do quinto golo portista. Logo a seguir foi a vez de André Pereira ficar muito perto do golo.

Com muitas dificuldades, Patrick Canto fez duas alterações na equipa. Saíram Diogo Paixão e André Sampaio e entraram Zé Carvalho e Tiago Mourão.

Continuavam as oportunidades para o FC Porto. Bazoer foi à linha, cruzou atrasado para o remate de André Pereira, mas Murta travou-o com uma grande defesa.

Depois de muita insistência, lá chegou o golo de André Pereira, aos 62 minutos. João Pedro fez uma grande jogada pela direita e cruzou rasteiro para o avançado português encostar.

A equipa de Sérgio Conceição continuava com o pé no acelerador, mesmo a jogar contra dez jogadores. Óliver continuava em bom plano e João Pedro aparecia melhor no segundo tempo.

Também Sérgio Conceição fez uma dupla alteração. Entraram Marius e Corona para os lugares de André Pereira e Herrera.

O sexto golo chegou aos 65 minutos pelo suspeito do costume. Canto batido do lado direito, Soares cabeceou para uma grande defesa de Murta. Na recarga apareceu Adrián López para fazer o “póquer”.

Aos 71 minutos, chegou a ovação da noite. Adrián López sai com queixas na perna esquerda e entrou Sérgio Oliveira. Toda a gente de pé aplaudiu o espanhol que foi abraçado por todo o banco portista.

As oportunidades continuavam. Mais uma vez Soares, mas desta vez o cabeceamento embateu no poste.

Até ao final do jogo, destaque para um cabeceamento de Felipe por cima da barra e para outro cabeceamento de Militão ao lado, ambos depois de cruzamentos de Sérgio Oliveira.

A partida terminou com o resultado em seis golos sem resposta para a equipa portista. Adrián López foi o melhor jogador da partida com o primeiro “póquer” da carreira. Óliver Torres e João Pedro também estiveram em destaque nos dragões. Na equipa transmontana, Murta destacou-se dos companheiros ao parar diversas investidas da equipa de Sérgio Conceição.

“O que fez hoje faz nos treinos”

No final da partida, o treinador dos dragões destacou a exibição de Adrián López. “O Adrián nos treinos é sério, como os outros. O que fez hoje faz nos treinos, com esta alegria e prazer de jogar”. Sobre o jogo, o técnico portista salientou a “humildade, a capacidade de tabalho e a ambição” dos jogadores.

Já Patrick Canto, treinador do Vila Real, realçou a atitude dos seus jogadores. “Tenho de ressalvar a atitude dos meus jogadores. Somos uma equipa da distrital e as diferenças são tremendas. E eles tentaram. Não praticámos antijogo e tentámos mostrar alguma da nossa arte”. O treinador da equipa transmontana lamentou a expulsão de Raul Babo e deu os parabéns aos jogadores do SC Vila Real.

O Futebol Clube do Porto vai deslocar-se na próxima quarta-feira a Moscovo para defrontar o Lokomotiv, num encontro a contar para a terceira jornada da Liga dos Campeões. O Sport Clube Vila Real vai continuar na luta pelo acesso ao Campeonato de Portugal.

Artigo editado por Filipa Silva