Já defendeu as balizas da seleção nacional, do SL Benfica e do Vitória Sport Clube, onde agora é relações públicas. Neno, o "guarda-redes cantor", é o primeiro convidado da nova temporada do Quarto Árbitro.
De Cabo Verde para Portugal, de jogar à bola às escondidas do pai a vestir a camisola da seleção nacional por nove ocasiões, Adelino Augusto Graça Barbosa Barros, conhecido no mundo do futebol por Neno, teve uma carreira recheada de bons momentos, pontuados pelos três campeonatos que conquistou ao serviço do SL Benfica.
Nesta edição do Quarto Árbitro, o antigo guarda-redes falou da saída da Luz quando o gigante Michel Preud’homme se apoderou da baliza encarnada – o melhor que Neno diz já ter visto na baliza – e abordou também a não convocatória para o Europeu de 1996, que considerou injusta.
Hoje, o guarda-redes cantor, como tantas vezes foi apelidado, é Relações Públicas do Vitória, clube que lhe “deu tudo”. À massa adepta, não poupa elogios. Diz que é preciso estar lá, na cidade-berço, para perceber aquele “modo de vida”. “A paixão que os vitorianos têm pelo clube é uma coisa de estudo”, frisou.
A boa disposição, mantém-na intacta: “A vida dá-me gozo. Adoro a vida”, refere. Nos tempos de jogador, sem telemóveis nem Insta nos balneários, Neno recorda os momentos em que entretinha os colegas com imitações de Michael Jackson a Júlio Iglesias. E também nos conta como é que chegou a partilhar o palco com o seu ídolo espanhol, num concerto do cantor na Maia. A sugestão foi de Iglesias, garante.
Sobre a evolução do futebol, considera que a grande diferença é que hoje ele “é muito mais metódico” do que no seu tempo, altura em “o futebol era a ciência dos treinadores e a arte dos futebolistas”.
No Quarto Árbitro desta terça-feira, destaque ainda para as rubricas. No “Olheiro”, o protagonista é Tiago Silva do Feirense. No “Mês à Lupa” falamos com o diretor da Runporto sobre a Maratona do Porto que sai à estrada já no domingo, dia 4.
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