Cerca de oito mil pessoas passaram, pela Exponor, entre 27 e 30 de outubro, para visitarem o “So Food So Good”, um evento dirigido aos profissionais dos setores da panificação, restauração, hotelaria e turismo que, no primeiro dia, teve também abertas as portas ao público em geral.

A oferta incluiu degustações de produtos, palestras formativas e show cookings. As novas tendências e inovações do setor alimentar estiveram presentes em cerca de 100 expositores.

O objetivo primordial do evento organizado pela Exponor é promover o contacto entre a indústria, o mercado e os seus influenciadores.

Oriana Noronha Foto: Joana Filipa Lima

Oriana Noronha, da organização, explica ao JPN que a ideia foi criar uma rede de contactos entre os profissionais da área e ajudar a promover o crescimento da indústria agroalimentar portuguesa, através da partilha de experiências e da interação entre os diversos agentes do mercado.

A estreia do “veggie

Este ano, o evento contou com uma novidade: teve uma área destinada exclusivamente à alimentação vegetariana e vegana. O espaço “So Veggie So Good” foi a grande atração do certame, reflexo também do aumento do número de pessoas que optam por esta dieta alimentar, conforme indica um estudo da Associação Vegetariana Portuguesa, segundo o qual existem hoje quatro vezes mais vegetarianos do que há dez anos.

Oriana Noronha vê com naturalidade esta inovação e explica que é necessário “acompanhar as novas tendências”.

No “So Veggie So Good” marcou presença a Aliança Animal, uma organização que promove o consumo de alimentação de origem vegetal, por exemplo, no setor da restauração – é dela o programa “E o seu restaurante, já tem?”, que ajuda os restaurantes a implementarem nos menus opções vegetarianas e veganas.

Para Elisa Ferreira, fundadora da organização, o grande desafio da cozinha vegetariana passa pela aproximação à gastronomia tradicional portuguesa, usando apenas produtos de origem vegetal, mantendo a tradição de cada região ou lugar – usando, por exemplo, os mesmos temperos – mas sem prejuízo animal.

Os rojões vegetarianos, assim como as bifanas feitas à base de seitan, foram alguns dos produtos que servem de exemplo e que levaram para as degustações.

Oriana Noronha, da Exponor, fez um balanço “muito positivo” no final do evento. A feira contou com compradores de países como Angola ou Canadá, o que ajuda “à internacionalização de algumas marcas e produtores”.

Artigo editado por Filipa Silva