A Acesso Cultura organiza na próxima terça-feira um conjunto de debates em várias cidades do país. A discussão parte da questão “Politicamente correto: uma forma de incluir ou uma nova barreira?”. Porto, Évora, Lisboa, Castelo Branco, Faro, Funchal e Vila Nova de Famalicão são as cidades que ao longo de todo o ano vão receber as discussões abertas.

Na Invicta, a conversa conta com a participação de Gonçalo Amorim, ator, encenador e diretor artístico do Teatro Experimental do Porto; João Arezes, divulgador cultural; e José Maia, diretor artístico do Espaço MIRA, instalado em Campanhã. A moderação fica a cargo de Patrícia Remelgado, coordenadora do site pporto.pt.

As sessões estão marcadas para as 18h30, com entrada livre em todas as cidades. A agenda dos quatro debates anuais habitualmente promovidos pela associação já se encontra disponível no site da Acesso Cultura.

A Acesso Cultura é uma organização sem fins lucrativos de profissionais de cultura, cujo objetivo é promover melhores condições de acesso aos espaços culturais.

O que é o “politicamente correto”?

O termo ganhou popularidade na década de 90, nos Estados Unidos, quando começou a ser vastamente usado pelo “The New York Times”. A expressão “politicamente correto” refere-se à neutralização da língua, de forma a não usar narrativas estereotipadas, nomeadamente, ao nível do género. Um exemplo comum de combate dos que advogam o politicamente correto é a recusa da utilização do género masculino para fazer referência a um conjunto de pessoas onde também se incluem mulheres.

O tema gera grande controvérsia fundada nos limites que devemos ou não estabelecer no capítulo da liberdade de expressão e no uso que fazemos da linguagem.

Artigo editado por Filipa Silva