A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) discorda da decisão, tomada pelo comando distrital do Porto da PSP, de não destacar agentes para os jogos da Associação de Futebol do Porto (AF Porto) que não sejam considerados de alto risco.
Em declarações ao JPN, Paulo Santos, vice-presidente da ASPP, alerta para as implicações que a medida pode ter ao nível da resposta dos agentes, em caso de conflito. “Se existirem incidentes, a resposta da polícia vai ser repressiva, visto que não há um acompanhamento dos eventos desportivos desde o seu começo”, observa.
A capacidade de resposta rápida das forças de segurança em caso de incidentes é um assunto que a associação sindical encara “com alguma reserva e preocupação”. O vice-presidente lembra os “inúmeros casos de violência que ocorrem em campos de futebol semanalmente”, para referir que a decisão da PSP “não ajuda na solução de alguns problemas e não é do interesse” de qualquer uma das partes envolvidas.
Paulo Santos não compreende a razão que está na origem desta medida. “Não sei se é por falta de efetivos ou se é económica”, diz. Para o responsável sindical o facto de os clubes não terem adaptado as “infraestruturas e condições de acordo com algumas normas de segurança exigidas”, pode ter contribuído para a decisão da PSP.
A medida do comando distrital do Porto “surge na sequência da alteração da lei, que já é antiga”, segundo Paulo Santos. Os clubes da AF Porto foram notificados no final de janeiro e pretendem suspender os campeonatos se o Ministério da Administração Interna não reverter a decisão da PSP.
Artigo editado por Filipa Silva