A Câmara Municipal de Gaia anunciou, esta quarta-feira, em comunicado, “tolerância zero” nos casos de violência na formação desportiva do município. A iniciativa decorre de recorrentes casos de violência em jogos de futebol de formação. A autarquia recordou que grande parte das partidas se realizam em equipamentos municipais.

O mais recente caso no concelho de Gaia aconteceu no Estádio Municipal da Lavandeira, numa partida entre o Águias Sport Clube e o Clube de Futebol de São Félix da Marinha, em juvenis. Segundo o comunicado da autarquia, no final do jogo “diversos jogadores, técnicos e dirigentes de ambos os clubes, bem como elementos não identificados que se encontravam no recinto de jogo sem a devida autorização, envolveram-se em graves distúrbios, com múltiplas agressões físicas que levaram à intervenção das forças policiais e a algumas situações de tratamento hospitalar”.

A autarquia decidiu suspender a utilização gratuita desse equipamento pelo escalão de juvenis de ambos os clubes, assim como todos os apoios, até à conclusão do inquérito que instaurou para avaliar o sucedido.

Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia, diz que “é inaceitável que, semana após semana, aconteçam distúrbios em jogos de crianças e jovens” e acusou pais e agentes desportivos de “extremarem a sua ação”. “A partir de agora a Câmara tem tolerância zero para qualquer ato de violência e levará até às últimas consequências todas as ações que levem ao fim desta situação”, garantiu o presidente da autarquia.

O comunicado anunciou que no próximo fim de semana vão decorrer ações pedagógicas em todos os equipamentos desportivos municipais dirigidas a todos os intervenientes. Vão também ser distribuídos panfletos com dicas para prevenir a violência. Na mesma nota, a autarquia anunciou que vai solicitar uma reunião com a Associação de Futebol do Porto para “abordar esta problemática e procurarem, em conjunto, encontrarem soluções”.

A violência em estádios de futebol tem sido uma constante no espaço noticioso. Os casos são múltiplos, espalhados pelo território, envolvem diversos agentes desportivos – jogadores, árbitros e adeptos – e equipas de todos os escalões. Nesta cronologia, o JPN reúne alguns exemplos mais recentes.

Artigo editado por Filipa Silva