Se o Plano de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART) prevê uma redução dos preços dos passes a partir de 1 de abril, Rui Moreira veio confirmar esta quarta-feira que na Invicta essa não será a data de arranque da medida.

O passe único, que vai permitir usar diferentes operadores de transportes dentro de um município por um valor máximo de 30 euros ou entre vários municípios por 40 euros, vai ser disponibilizado até ao fim do ano, mas ainda não tem data definida. “Estamos em crer que até ao fim do ano o passe único será possível em toda a área metropolitana”, informou Cristina Pimentel, vereadora com o pelouro dos Transportes.

Na reunião pública do Executivo da Câmara do Porto, o presidente da autarquia afirmou que a partir de setembro entram em vigor os passes sem custos para residentes ou estudantes no Porto que tenham 15 anos ou menos.

Já o passe família – que prevê um custo máximo de 80 euros para um passe válido para todo o agregado – deve poder ser adquirido apenas no início de 2020.

Os atrasos são justificados por Rui Moreira com um “conjunto de razões técnicas que impossibilitam a inclusão do passe único a 1 de abril”. “A questão dos operadores que não têm Andante é um problema que exige algum tempo e adaptação tecnológica”, acrescentou.

Quanto às medidas que abrangem as famílias, “a Área Metropolitana do Porto decidiu iniciar o passe familiar no início do próximo ano“, informou Cristina Pimentel. A vereadora explica que não é “muito viável a meio de um ano civil, em que as famílias têm passes tirados em diferentes alturas do ano, fazer com que o passe seja tirado na mesma altura”. O passe gratuito para jovens até 15 anos acontece no início do próximo ano letivo também por “dificuldades operacionais a nível da rede” de transportes.

De acordo com Rui Moreira, estas são complicações que também têm sido encontradas na implementação do PART na capital. Ainda assim, de acordo com informações veiculadas pela comunicação social, o sistema deverá estar a funcionar ainda em abril naquela área metropolitana.

Ilda Figueiredo, vereadora da CDU, que manteve neste ponto um aceso debate com o presidente da autarquia, defendeu a extensão da STCP a outros concelhos da Área Metropolitana do Porto – que não só aqueles onde já opera – para combater os atrasos. “Há concelhos que podem não querer a STCP”, advertiu Rui Moreira.

Apesar dos atrasos, Manuel Pizarro, vereador do Partido Socialista, disse que esta é “a mais extraordinária modificação à mobilidade na Área Metropolitana do Porto desde a implementação do metro”. “Se este calendário for cumprido, acho que temos todos razões para ficarmos satisfeitos”, acrescenta.

Na reunião desta quarta-feira foi ainda aprovada a alteração dos estatutos da empresa municipal Porto Lazer (com o voto contra da CDU) com vista à inclusão da área da cultura naquela empresa, como anunciado na sexta-feira.

Artigo editado por Filipa Silva