Já é conhecida a data de assinatura dos contratos para os novos tarifários de transporte coletivo da Área Metropolitana do Porto (AMP): 29 de março. A informação foi avançada, esta manhã, pelo primeiro-ministro António Costa na cerimónia que oficializou os contratos da Área Metropolitana de Lisboa (AML). Ao que o JPN apurou junto do Ministério do Ambiente e Transição Energética, o local da assinatura no Porto ainda está por definir.

António Costa afirmou que a redução nos tarifários já se vai poder verificar em 18 das 23 comunidades intermunicipais a partir do dia 1 de abril. O passe único dentro da AMP pode ser adquirido na rede Andante a partir de quinta-feira, dia 21 de março.

Utentes do Porto aplaudem medida, mas pedem reforço de serviços

A propósito da criação do passe único, o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos do Porto (MUSP – Porto) entende que o Plano de Apoio à Redução do Tarifário (PART) é “uma vitória dos utentes, uma conquista do direito à mobilidade e a uma melhor qualidade de vida”. No entanto, o MUSP – Porto reforça que é necessário que se tomem medidas para acautelar o aumento da procura dos serviços.

Numa nota enviada à imprensa, o movimento aconselha que sejam criados “postos de informação e atendimento”, bem como que haja um reforço de pessoal e de horários nos locais de venda para “dar uma resposta eficaz à procura”. Ao JPN, Teresa Galvão, professora no Doutoramento em Engenharia e Gestão dos Transportes da FEUP, concorda com a ideia de que o mais importante é “esclarecer a população numa fase inicial”.

Quanto ao aumento da procura dos transportes públicos, a docente julga não ser necessário um reforço da oferta, uma vez que “os transportes públicos são pensados para andar cheios”, pelo que “terão capacidade [para] responder à procura”.

Uma das empresas que vai estar abrangida pelo PART desde dia 1 de abril é a STCP, através da rede Andante. Questionada sobre um possível aumento da oferta, a empresa esclarece que, apesar de não ter previstos “aumentos de frequência”, vai estar atenta às linhas e horários. Caso identifique situações em que a oferta seja insuficiente, a STCP fará “reajustamentos na oferta (…) num curto espaço temporal”, garante.

Artigo editado por César Castro