O Estádio Universitário do Porto vai contar, no futuro, com um relvado sintético que permitirá a prática de râguebi e que poderá ser dividido em dois campos de futebol. A inauguração do projeto ocorreu esta terça-feira na presença do primeiro-ministro António Costa e do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
A primeira fase da obra, que começou na segunda-feira, tem um prazo de execução de 300 dias e um custo de 2,5 milhões de euros, totalmente assegurados pela Universidade do Porto (UP). O facto de ser a instituição a assumir a despesa da obra possibilitou o arranque dos trabalhos, como explicou ao JPN Bruno Almeida, diretor do Centro Desportivo da Universidade do Porto (CDUP). Referiu também que são precisos “mais 3,5 milhões” para a segunda e terceira fases e garante que vão “trabalhar nisso”.
De acordo com Bruno Almeida, depois das obras concluídas, o Porto vai poder receber “jogos nacionais e internacionais de râguebi e futebol até à Segunda Liga”. O diretor do CDUP pretende que o Estádio Universitário “volte a ser a casa do râguebi que foi durante muitos anos“.
A primeira fase do projeto também prevê a construção de um parque de estacionamento com capacidade para 140 viaturas e 100 bicicletas. Para além disso, vai ter dez postos de carregamento elétrico. O objetivo é que “a mobilidade dos utilizadores” mude, segundo Bruno Almeida.
“Queremos mais”
Joana Carvalho, pró-reitora da UP com o pelouro do Desporto e Qualidade de vida, que abriu a cerimónia, mencionou que “a infraestrutura vai responder às exigências do desporto de alto rendimento e às informalidades do desporto de lazer”.
Segundo Joana Carvalho, existem cerca de “8.500 utentes” nos serviços desportivos da Universidade do Porto e “500 pessoas por dia” usufruem desses serviços, mas o objetivo é aumentar esse número: “Nós queremos aumentar a procura, queremos aumentar o número de utilizações e, para tal, este tipo de empreitadas é fundamental”.
As novas instalações vão ser abertas a toda a cidade do Porto. A primeira fase deve ficar concluída em fevereiro do ano que vem. Nas fases seguintes, vai ser ampliado um pavilhão para “fitness, aeróbicas, yoga e apoio a práticas de alta competição”, explicou Bruno Almeida.
Também está prevista a construção de quatro campos de padel, uma caixa de areia para desportos de praia, uma reformulação total dos balneários e reabilitação e aumento das bancadas. Vão ainda existir salas para conferências, de formação, fisioterapia e para desportos de combate e tiro, como o tiro com arco ou de pressão.