Desde a vitória do Benfica sobre o FC Porto, no Estádio do Dragão, a 2 de março, que se assiste a uma luta titânica pela liderança da Primeira Liga todos os fins de semana. Com 30 jornadas concluídas e apenas quatro para disputar, as duas equipas somam os mesmos 75 pontos, levando os encarnados vantagem no confronto direto.

Os jogos em falta, tanto para o FC Porto como para o SL Benfica, aparentam ser de um nível de dificuldade semelhante e até há um denominador em comum: o Rio Ave.

A equipa de Sérgio Conceição vai a Vila do Conde na próxima jornada. Os vilacondenses já não têm grandes objetivos para esta temporada, já que estão no oitavo lugar, com a manutenção praticamente assegurada e a chegada a lugares europeus é praticamente impossível, no entanto, é uma equipa que historicamente dá luta aos grandes quando joga em casa.

Nas duas jornadas seguintes, os dragões recebem o Desportivo das Aves e vão à Madeira defrontar o Nacional. As duas equipas estão na luta pela manutenção e a precisar de pontos, mas integram jogos que são, à partida, mais acessíveis. O campeonato do FC Porto termina com o clássico frente ao Sporting, naquele que é o jogo mais difícil e que pode ser decisivo.

O Benfica tem uma vida ligeiramente mais complicada. A maior prova dos encarnados é já no próximo fim de semana quando se deslocarem a Braga. Os bracarenses ainda estão na luta pelo terceiro lugar (estão a três pontos do Sporting) e esse é o objetivo de António Salvador e Abel Ferreira.

Depois as águias recebem o Portimonense que ainda precisa de garantir a manutenção e a equipa que providenciou a última derrota do líder para o campeonato. António Folha já conseguiu derrotar o Benfica e o Sporting, ambos em Portimão.

Na penúltima jornada, Bruno Lage e companhia deslocam-se a Vila do Conde para defrontar o Rio Ave e, no último jogo, recebem o Santa Clara, equipa que criou bastantes dificuldades ao FC Porto no último fim de semana.

Vitória crítica no Dragão

Depois de Bruno Lage ter substituído Rui Vitória no comando técnico do Benfica, logo no arranque de 2019, a equipa da Luz só escorregou uma vez no campeonato, no empate frente ao Belenenses SAD, à 25ª jornada. Dessa série de resultados, destaque para as vitórias no Dragão e em Alvalade e para a vitória por 10-0 na Luz contra o CD Nacional.

Já os azuis e brancos, começaram pior a segunda volta do campeonato. Depois do empate em Alvalade, na última jornada da primeira volta, os empates com o Vitória de Guimarães e com o Moreirense levaram os portistas para o clássico frente ao Benfica com apenas um ponto de vantagem. Nesse jogo, o FC Porto até começou melhor e esteve a ganhar com um golo de Adrián López, mas João Félix e Rafa deram a volta ao jogo e deixaram o Benfica no primeiro lugar.

A partir daí, os dragões venceram todos os jogos do campeonato e aproveitaram a escorregadela do Benfica, frente ao Belenenses, para igualar o líder. Atualmente, é o confronto direto que dá a liderança aos encarnados.

Quem sobe e quem desce

No que toca a subidas e descidas, a luta envolve muitas equipas. Na Segunda Liga, o Paços de Ferreira já garantiu o regresso ao palco principal do futebol português. A equipa de Vítor Oliveira (quem mais poderia ser) garantiu no sábado a subida de divisão, o que faz esta a 11º vez que o técnico eleva um clube à primeira divisão nacional.

Além do Paços, também o Gil Vicente está confirmado na próxima edição da I Liga. A formação de Barcelos vai saltar do terceiro escalão para a I Liga, por causa da vitória no “caso Mateus”.

Na Segunda Liga, é o Famalicão quem está mais perto de acompanhar o Paços de Ferreira e o Gil Vicente. Com 12 pontos em disputa, os famalicenses levam nove de vantagem sobre o Estoril e dez sobre a Académica.

Na Primeira Liga, o Feirense já desceu de divisão. Na luta por fugir aos outros dois lugares de descida estão Nacional, Chaves, Tondela, Vitória FC, Boavista, Portimonense, Marítimo e Desportivo das Aves. Apenas seis pontos separam o penúltimo, o Nacional, e o décimo, o Aves.

A equipa axadrezada, que mudou de treinador durante a prova – Lito Vidigal substituiu, em janeiro, Jorge Simão – tem quatro finais pela frente: este domingo enfrenta, no Bessa, o Moreirense, vai depois a Setubal, recebe o SC Braga e termina a prova na Madeira, onde defrontará o Marítimo.

Neste momento são o Nacional e o Chaves que estão abaixo da linha de água, mas com quatro jornadas até ao final do campeonato tudo pode acontecer.

Artigo editado por Filipa Silva