A edição deste ano do Enterro da Gata vai contar com rondas efetuadas em todo o recinto por elementos da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) de Braga. Identificar práticas sexistas e situações de violência sexual que ocorram e encaminhar as pessoas para as zonas seguras existentes no evento estão entre os objetivos.
À semelhança da Queima das Fitas do Porto, que este ano criou um Ponto Lilás, também a festa académica em Braga vai contar com ações de prevenção. O staff, a título de exemplo, recebeu formação para intervir em situações de violência sexual. “Pedimos que fossem ativos e que, de forma segura e não violenta, interrompessem situações, acolhessem denúncias e soubessem encaminhar as pessoas para zonas seguras”, explica o projeto Sexism Free Night, um dos parceiros da iniciativa, nas redes sociais.
A campanha #EuNãoPermitoOTeuAssédio e vários materiais de sensibilização vão estar também espalhados por sítios estratégicos.
Ao longo dos últimos dias, foram várias as denúncias que chegaram ao Ponto Lilás de comportamentos inaceitáveis como a divulgação de imagens e vídeos não autorizados, comportamentos de assédio ou atitudes sexistas dentro do Queimódromo da Queima das Fitas do Porto e nas suas imediações. A Federação Académica chegou mesmo a encerrar três barracas durante uma noite por “promoções sexistas”.
O Enterro da Gata começa esta sexta-feira, dia 10 de maio, e termina a 17 de maio, e vai ter lugar, pela primeira vez, no Altice Fórum Braga.