“Para estarem aqui a estas horas é porque são da nossa team”. Foi assim que ProfJam se dirigiu às centenas de pessoas que esta sexta-feira, pelas 17h00, assistiram ao concerto do músico no palco Super Bock.
“Fiquei muito feliz de ver que as pessoas começaram a juntar-se. Durante o dia, dá para perceber a beleza natural do sítio. Claro que uma pessoa fica sempre com aquela dúvida se vai correr bem. Para mim, superou as expectativas”, começa por adiantar ao JPN Mário Cotrim, já depois da sua apresentação no recinto do NOS Primavera Sound.
O músico, que um dia antes fez anos, agradeceu que lhe tivessem cantado os “Parabéns”, essa “linda canção”, durante o concerto: “Fiz anos ontem e ainda tive uma homenagem em relação a isso. Nunca me tinha acontecido”, confessa, assumindo que os festivais são sempre um desafio. “É cativante atrair as pessoas. Claro que quero sempre cativar quem gosta de mim. Quero manter essa chama sempre acesa.”
Mário Cotrim tem aliás uma história com o festival, que calha sempre no seu aniversário: há uns anos, “pegamos na carripana, metemos a malta toda e subimos para o Porto” para comemorar a data no Primavera e ver uma das suas maiores referências: Kendrick Lamar. “Não quer dizer que seja o rapper que eu consuma mais hoje em dia, mas acho que é o melhor rapper de sempre, até agora. Estou à espera até de um projeto dele, já”, revela.
ProfJam, que fez a plateia viajar por cada um dos seus singles onde abunda o trap, queria que o seu primeiro álbum fosse uma folha em branco. “É assim que eu o encaro: como o início de uma coisa boa e bonita”, afirma. Talvez ciente daquilo que queria passar como mensagem, ProfJam criou uma editora, a Think Music, onde quer ser, ao mesmo tempo, elogio e crítica. “Quis abraçar a nova geração e não as ver como inimigas. Ao ajudares os outros, também te elevas. O que eu quis fazer com a Think Music foi ajudar os novos putos”, concluiu.