É no Porto que vai nascer a maior residência universitária do País. Com 456 quartos de diferentes tipologias, distribuídos por 10 pisos e uma área total de 14 mil metros quadrados, este novo empreendimento está a ser construído junto ao INEGI, na zona do Bairro da Areosa, junto ao Polo Universitário da Asprela, área que concentra um grande número de estudantes. O investimento global, totalmente privado, é superior a 15 milhões de euros.

Em comunicado, a construtora Gabriel Couto, a quem a U.hub Investments adjudicou a obra, explica que o empreendimento “está organizado em dois núcleos independentes, cujo acesso se processa por duas colunas verticais principais compostas por escadas e elevadores.”

Nos pisos inferiores vão ficar localizados os espaços coletivos de apoio para as funções de convívio, lazer, trabalho ou estudo. “Este equipamento dispõe ainda de um conjunto de serviços de apoio diversos, nomeadamente lavandaria, arrumos, limpeza, tudo gerido a partir da unidade de operação e gestão do empreendimento”, refere a construtora.

No que concerne ao estacionamento no exterior, este terá uma capacidade para 57 viaturas, “conforme previsto nas condições aprovadas do loteamento”, dispondo ainda de uma oferta diferenciada de estacionamento para bicicletas e motociclos, apesar de a empresa acreditar que a maioria dos futuros residentes se deslocarão a pé para os seus estabelecimentos de ensino, face à localização do espaço.

Em abril, o Expresso adiantava que o grupo U.hub Investments pretendia investir 60 milhões de euros na construção de quatro residências universitárias, em Lisboa e no Porto. A primeira ronda de investimentos começou com um projeto em Benfica, perto do Centro Comercial Colombo, e outro agora no Porto, sendo que a residência da Asprela é de maior dimensão, batendo a de Benfica por 456 contra 350 quartos.

Segundo o semanário, a dimensão de uma segunda residência prevista para o Porto, na zona de Cedofeita, “não está definida e o projeto está em negociação com a câmara municipal”.

Porto no radar dos investidores

Já são várias as empresas estrangeiras que viraram os seus holofotes para a habitação estudantil no Porto. Um projeto resultante de esforços conjuntos da companhia árabe MEFIC e da Round Hill, sediada no Reino Unido, pretende investir mais de 100 milhões de euros na zona do Amial (freguesia de Paranhos). O resultado vão ser mais de mil camas para estudantes, 200 apartamentos, assim como zonas comerciais, construídas numa área correspondente a oito campos de futebol, até 2020.

Temprano Capital Partners também já anunciou a aquisição de duas propriedades no Porto, com o intuito de criar residências para mais de 900 estudantes, enquanto que o grupo francês Odalys planeia criar 211 alojamentos até 2022.