As palavras são do presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol: “Este 10 de julho ficará registado a letras de ouro na história da modalidade”. Manuel Fernandes comentava assim a vitória desta quarta-feira da Seleção Nacional Universitária de Basquetebol Feminino sobre o Japão, nas Universíadas de Nápoles, que valeu a medalha de bronze às portuguesas.

Além de ser a “primeira medalha do basquetebol feminino português à escala mundial”, prosseguiu Manuel Fernandes, Portugal saiu do torneio com “a melhor prestação de entre as equipas europeias na competição”. Só os Estados Unidos e a Austrália, que voltou a ganhar o torneio, superaram as portuguesas.

Em Palabarbuto, o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares decorreu sempre de forma equilibrada e terminou com um empate a 58 pontos no final do tempo regulamentar. Foi preciso, por isso, um prolongamento para decidir quem ficava com o bronze e foi aí que a equipa portuguesa esmagou a adversária: marcou 18 pontos, o Japão, apenas um. Resultado final: 76-59.

A capitã de equipa, Inês Viana, que completou 25 anos no dia do jogo, considerou que “este grupo é o melhor de sempre”. “Ganhar 18-01 no prolongamento comprova que nós não somos de bronze: somos de ouro!“, disse ainda em declarações registadas pela comunicação da Federação Académica do Desporto Universitário.

O selecionador nacional Ricardo Vasconcelos considerou que foi determinante a atitude da equipa: “Depois da perda do último jogo, a motivação manteve-se elevada e esse é um ponto importante. Elas foram brilhantes a dar a volta ao jogo. Somos a melhor selecção da europa. Todas trabalharam imenso, têm muito carácter e isso é fundamental. Tem tanto ou mais valor do que qualquer medalha”, afirmou.

Esta é a segunda medalha de Portugal nas Universíadas de Nápoles depois da conquista da medalha de prata por Evelise Veiga no salto em comprimento. É também apenas a segunda medalha de uma modalidade coletiva na história da participação portuguesa em Universíadas – a outra foi de ouro, para o andebol masculino, em Gwangju, na Coreia do Sul, em 2015.

Cátia Azevedo foi quinta

Depois de ter batido o recorde nacional e obtido os mínimos para os Mundiais de Doha deste ano na semi-final dos 400 metros planos, muitas esperanças se depositavam também sobre Cátia Azevedo, que correu a final também esta quarta-feira, em Itália. Contudo, a atleta do Sporting CP e estudante da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa não logrou chegar às medalhas, terminando a corrida em quinto lugar. Correu em 52.07 segundos, abaixo dos 51,62 da véspera. O lugar vale-lhe um diploma das Universíadas (prémio para os primeiros oito de cada prova).

Cátia Azevedo foi a quinta melhor nos 400 metros planos.

Cátia Azevedo foi a quinta melhor nos 400 metros planos. Foto: FADU

Ainda no atletismo, depois da prata, Evelise Veiga voltou à pista para tentar o apuramento para a final do triplo salto e consegui-o na quinta posição. Ana Oliveira foi nona e vai estar também no derradeiro concurso do triplo esta sexta-feira, a partir das 17h30.

Destaque ainda para a participação portuguesa no ténis, com Martim Prata (University of Tennessee-EUA) e Ana Filipa Santos (U.Nova/CT Paços do Lumiar) a garantirem um lugar nos quartos de final do torneio de pares mistos, o que já os coloca entre os oito melhores.

O voleibol masculino tem também esta quinta-feira um dia importante. A partir das 19h00 (hora em Portugal continental), a equipa nacional disputa com a Itália um lugar nas meias-finais.