No encerramento da 12ª jornada, o FC Porto procurou não perder terreno para o SL Benfica, primeiro classificado da Liga NOS, e venceu o Paço de Ferreira, no Estádio do Dragão, por 2-0. O homem do jogo foi Loum, que se estreou a marcar pelos Dragões.
Depois de uma vitória suada na Suíça (1-2), Sérgio Conceição queria voltar ao campeonato com toda a força e o objetivo era claro: vencer. Wilson Manafá foi a única mudança no onze titular face ao jogo frente ao Young Boys. O defesa entrou para tomar o lugar de Mbemba.
Imediatamente antes do início da partida, os “dragões” ofereceram uma camisola aos Super Dragões em jeito de comemoração dos 30 anos da claque liderada por Fernando Madureira, conhecido por “Macaco Líder”.
O jogo começou com bastante tranquilidade de ambas as equipas: pouca pressão e muita troca de bola. Aos 10 minutos ainda não estava registado qualquer ataque à baliza. Embora em posição irregular, o primeiro ataque portista surge aos 11 minutos com Marega a atirar para a defesa de Ricardo.
O Paços de Ferreira procurava ter posse de bola e jogar no campo todo, mas a coesão defensiva dos “dragões” insistia em não vacilar.
Estreante marcador traz vantagem ao Dragão
Aos 18 minutos, a euforia tomou conta do Estádio do Dragão. Na conversão de um canto, Mamadou Loum cabeceou sem hipótese para o guarda-redes do Paços de Ferreira. O defesa senegalês apontou o seu primeiro golo pelo FC Porto.
O golo aqueceu a partida. A roçar a meia-hora de jogo foi Marchesín quem impediu o golo dos “castores”. Na sequência do lance e de um canto cobrado por Pedrinho, os jogadores do Paços Ferreira ficaram a reclamar penálti, mas o árbitro Tiago Martins mandou seguir.
Ao minuto 35, Marega desperdiçou a oportunidade de aumentar a vantagem azul e branca e atirou ao poste. A jogada é quase perfeita: Marcano descobriu Otávio entre as linhas pacenses e o brasileiro serviu Marega. O avançado rematou cruzado, mas acertou no poste, com o guarda-redes Ricardo ainda a tocar na bola.
Sérgio Conceição viu-se obrigado a fazer a primeira substituição do jogo logo aos 38 minutos. Por incapacidade física, Aboubakar foi substituído por Zé Luís.
As equipas regressaram às cabines com o marcador a apontar a vantagem portista pela margem mínima.
Invasão e expulsão: segunda parte agitada
Os “dragões” regressaram ao jogo inspirados. Duas oportunidades surgiram logo nos primeiros dois minutos da segunda parte. Danilo foi o único a conseguir rematar a baliza, mas Ricardo estava atento e defendeu na perfeição.
Aos 52 minutos, um momento caricato no Dragão: dois adeptos não identificados invadiram o relvado na sequência de uma paragem no jogo, enquanto Otávio estava a ser assistido pela equipa médica.
O FC Porto mostrava uma atitude mais pressionante e uma maior capacidade de assumir o controlo do jogo. Aos 56 minutos, uma recuperação de bola de Marega criou algum perigo, mas o maliano demorou a decidir e a defesa pacense recuperou rápido.
A primeira ação disciplinar surgiu aos 62’. Tiago Martins mostrou o cartão amarelo a Diaby por falta sobre Corona. Também Pepe, aos 67’, foi amarelado na sequência de protestos.
A falta de eficácia da sua equipa, levou o técnico dos “dragões” a mexer: Sérgio Oliveira entrou para o lugar de Corona. Sérgio Conceição queria reforçar o meio-campo e passou a jogar em 4-3-3.
Com a ponta dos dedos, o guardião do Paços de Ferreira evitou o segundo golo do FC Porto. Ricardo Ribeiro quase voou para defender o cabeceamento de Zé Luís.
Aos 76 minutos, o estádio voltou a entrar em êxtase e o responsável foi, justamente, Zé Luís. Allex Telles serviu o avançado com um passe longo que dominou de peito e atirou para a baliza com um remate acrobático. O FC Porto aumentou a vantagem e ficou numa posição mais confortável.
Aos 84 minutos, Sérgio Conceição esgotou as substituições e fez saltar Nakajima para campo, para o lugar de Otávio. O minuto 90 ficou marcado pela expulsão de Pepe que viu o segundo amarelo, novamente por protestos.
Seis minutos de compensação, foi a decisão do quarto árbitro. A três minutos do fim da partida ainda houve tempo para uma bola ao poste: Sérgio Oliveira rematou da direita para o interior da área, Ricardo ainda tocou na bola.
O jogo terminou com a vitória do FC Porto que mantém o segundo lugar na Liga e a mesma distância para o SL Benfica (dois pontos), que lidera o campeonato. O próximo encontro da equipa da Invicta está agendado para a próxima quinta-feira (5 de dezembro), contra o Casa Pia AC, a contar para a Taça da Liga.
“Vitória justa”
Na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro, Sérgio Conceição considerou que a “vitória foi justa, mas sem brilhantismos, à exceção do golo de Zé Luís”. O técnico dos dragões admitiu saber que ia encontrar uma equipa que se “organiza bem defensivamente”. O importante era “reforçar o corredor central para dar segurança à equipa e desestabilizar o adversário”, comentou.
Conceição não deixou de referir o desgaste físico da equipa que jogou na quinta-feira, na Suíça, e volta a jogar dentro de três dias.
“A equipa não abanou”
Na análise ao jogo, Pepa começa por justificar a sua expulsão e diz que se excedeu nos protestos “no calor do jogo”. O treinador do Paços de Ferreira felicitou o FC Porto pela vitória, mas ressalvou que a sua equipa esteve muito bem no jogo: “A exibição foi boa (…) a equipa não abanou”.
O técnico dos “castores” afirmou ainda que a partida foi bastante equilibrada e que, apesar dos zero pontos com que saiu do encontro, a sua equipa tudo fez para que acontecesse o contrário.
Artigo editado por Filipa Silva