Os novos veículos da Metro do Porto vão começar a chegar a meio do próximo ano, entre junho e julho. O contrato para a aquisição de 18 composições foi assinado esta terça-feira, numa cerimónia na estação de metro de São Bento, no Porto, entre a Metro do Porto e a empresa chinesa CRC Tangsthan.

Está previsto que os primeiros veículos, dos 18, comecem a chegar ao Porto ainda no final do primeiro semestre de 2021. Segundo o presidente do Conselho da Metro do Porto, Tiago Braga, que falou aos jornalistas à margem da cerimónia, “a intenção é antecipar a entrega dos primeiros veículos e depois acelerar a entrega dos restantes”.

Este material circulante vai disponibilizar mais 60 mil lugares diários e traduz-se num investimento de 49,6 milhões de euros. Segundo a Metro do Porto, os veículos serão entregues entre 2021 e 2023, ao ritmo de um por mês.  

As empreitadas para a extensão da linha Amarela (entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia) e da linha Rosa (entre São Bento e a Casa da Música, no Porto) deverão iniciar já este ano, antes do verão, e vão prolongar-se até 2023.

No ano passado, houve um aumento de seis milhões de passageiros no metro do Porto, que se tornou mais expressivo desde abril aquando do arranque do Programa de Apoio à Redução Tarifária, PART, também conhecido como passe único. Subsequentemente, a Metro do Porto atingiu a marca recorde de 71 milhões de clientes transportados, em 2019.

Para contornar a sobrelotação dos veículos, a empresa disponibiliza, desde o início deste ano, duas composições com bancos longitudinais para transportar mais passageiros. O projeto foi desenvolvido com a Escola Superior de Artes e Design e, caso os estudos que aquela entidade vai realizar sejam positivos, há a possibilidade do projeto se estender a mais composições, apontou Tiago Braga aos jornalistas.

Além dos representantes das duas entidades que assinaram o contrato, estiveram presentes na cerimónia o primeiro-ministro, António Costa, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, assim como o presidente da autarquia, Rui Moreira.