São precisos 8,5 milhões de euros para reabilitar o Coliseu do Porto e não é possível usar fundos comunitários para o efeito. A solução para concretizar as obras de que o equipamento necessita passa, assim, por concessionar o imóvel a privados. A convicção é da Câmara Municipal do Porto (CMP), da Área Metropolitana do Porto (AMP) e do Ministério da Cultura, que apresentaram o plano, esta quarta-feira, ao Conselho Municipal da Cultura.
O presidente da CMP, Rui Moreira, explicou à saída da reunião, realizada no Teatro do Campo Alegre, que nos próximos meses deverá ser lançado um concurso público para a entrega do espaço a uma entidade privada.
Os sócios principais da Associação dos Amigos do Coliseu – autarquia, AMP e Estado – vão, em breve, reunir com os demais associados em Assembleia Geral para propor um modelo semelhante ao do Pavilhão Rosa Mota, no Porto, e do Capitólio, em Lisboa.
Segundo Rui Moreira, foi feito um estudo no qual são enumeradas e orçamentadas as necessidades da intervenção no Coliseu, pelo especialista Vasco Freitas, do Instituto da Construção da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. O autarca garantiu ainda que a intervenção não fará grandes alterações àquela sala de espetáculos, mas que as obras de restauro são necessárias.
O prazo da requalificação não está ainda definido, mas o autarca estima que a obra tenha uma duração mínima de dois anos.
Entre as exigências prévias que terão de ser cumpridas pela empresa que vier a ganhar o concurso estão: a execução do projeto; salvaguardar a residência da Associação dos Amigos do Coliseu para que continue a dispor de datas para as atividades culturais programadas, como o circo ou a ópera, continuando a beneficiar do mecenato da Ageas Seguros; por fim, garantir os postos de trabalho dos cerca de 15 trabalhadores do Coliseu e os respetivos ordenados durante o período de obras.
Em novembro do ano passado, a CMP tinha sugerido a possibilidade de uma candidatura a fundos europeus, assumindo a autarquia o co-financiamento da obra de requalificação daquela sala de espetáculos. Porém, Rui Moreira assegurou, esta quarta-feira, que tal não é possível por falta de linhas de financiamento no Portugal 2020 e acrescentou que essa seria a primeira opção a tomar.
Artigo editado por Filipa Silva