De guerras de lama ocasionais a viagens em transportes públicos lotados de locais, a missão da agência de viagens Landescape é proporcionar novas experiências aos clientes, sendo a aventura um dos ingredientes principais. A empresa está a recrutar líderes de viagens para se juntarem ao projeto, até ao final de fevereiro. O JPN esteve à conversa com uma das líderes da agência.

Maria Gabriela Oliveira, conhecida por Gabel, tem 46 anos e é formada em Economia, mas largou a profissão para se dedicar àquilo que mais gosta de fazer: viajar. Camboja, Guatemala, Laos, Myanmar, Argentina, Chile, Bolívia ou Nepal são alguns dos 105 países por onde já passou. Gabel é líder de viagens na Landescape – função que, na visão da empresa, é diferente da de guia turístico – quase desde o início da empresa, em 2016.

Entre fazer uma viagem de mochila às costas – como as que a agência promove – ou ir de férias para um resort, a líder não hesita e escolhe a primeira opção. “Não é só ver museus e monumentos. Isso pode fazer parte, mas, para mim, o mais importante, que eu valorizo mais e me faz sentir mesmo presente no país onde estou é o povo e estar em contacto com ele”, acrescenta.

Como são as viagens e os líderes?

Tendo em conta que a Landescape está, neste momento, à procura de novos líderes, Maria Gabriela aponta algumas das caraterísticas necessárias a um líder: como não poderia deixar de ser, “a paixão pelas viagens”; “gostar de lidar com pessoas”; “vibrar com o que se faz e querer mostrar isso aos outros”; “apostar” e “ter vontade de partilhar experiências”.

As viagens têm uma duração de duas semanas e são feitas em grupo, com um máximo de 12 pessoas. A idade e o género variam de grupo para grupo, sendo mais comum encontrar pessoas na casa dos 30 aos 40 anos, mas há também grupos integrados com pessoas já na reforma.

O líder já está familiarizado com o local a visitar, planeia o roteiro previamente, e tem a função de conduzir o grupo a viver diferentes experiências. “Um líder tem o objetivo de mostrar o olhar que tem sobre os países e levar as pessoas a ter experiências, a viver. É mostrar aquilo que nós sentimos sobre um povo”, completa Maria Gabriela.

Para a líder é também importante, neste tipo de viagens, ir de “mente aberta” e com vontade de arriscar. “Misturamo-nos com os locais em transportes, fazemos voluntariado, em países menos turísticos uma família é capaz de nos convidar para almoçar, jantar e ficar a dormir em casa deles. É gratificante e enriquecedor, abre-nos a mente”, remata.

E a família?

É possível conciliar o trabalho na Landescape com a família? Sim, mas a disponibilidade para as viagens varia consoante a disponibilidade familiar. Maria Gabriela, por exemplo, concilia o trabalho na Landescape com outra ocupação laboral, não se tratando por isso de um emprego a tempo inteiro.

Já a remuneração na agência é feita por viagem e varia consoante uma tabela de honorários que tem em conta, entre outros fatores, o número de dias da deslocação ou quantas pessoas integram o grupo.

A próxima viagem da Landescape, que é organizada por Gabel, tem como destino Camboja e Laos, decorre entre os dias 16 e 29 deste mês e tem o custo de 1.400 euros por pessoa.

O formulário de candidatura a líder da Landescape pode ser preenchido aqui.

Na mesma ótica de viagens, também outras empresas se dedicam a proporcionar experiências de mochila às costas, como é o caso da Nomad, BornFreee, Papa-Léguas ou a Rotas do Vento.