Uma tentativa de tornar o mundo “um pouco mais brilhante”. É assim que Pedro Magalhães, o estudante do Mestrado Integrado em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro e mentor da Lampe, descreve o projeto.

A ideia consiste numa lanterna que crianças de aldeias remotas em Marrocos vão poder carregar na escola e levar para casa, tanto para terem iluminação durante o caminho a pé, como também para poderem estudar à noite.

Portátil, impressa em 3D e com uma autonomia de seis horas, a lanterna utiliza um power bank recarregável ligado a um conjunto de cinco leds. As crianças vão também poder recarregar a Lampe através dos carregadores comunitários que vão ser instalados nas escolas.

O conceito ganhou forma durante o Uniraid, uma viagem automobilística para estudantes universitários portugueses e espanhóis, que se realiza anualmente em Marrocos. “Ir a Marrocos e conhecer a realidade daquelas crianças alertou-nos para muitas necessidades. É impossível colmatar todas, no entanto, é sempre possível fazer alguma coisa”, aponta Pedro Magalhães, na nota de imprensa distribuída pela Lampe.

Muitas crianças deslocam-se a pé e em “zonas remotas” onde não há “iluminação pública decente”. “Quando anoitece há muitos acidentes, porque as crianças não têm material refletor nem estão visíveis, estejam elas a pé ou de bicicleta”, acrescenta.

Para além de Pedro Magalhães, os estudantes da academia de Aveiro Amélia Ramos, Diogo Helena, Tomás Aires, Gabriel Aires, Bruno Vilarinho, Vasco Silva, João Lopes, Frederico Cardoso, José Martins, Miguel Felisberto, Cátia Silva, Olavo Abrantes e Lidório Moreira também deram luz à ideia. O próximo passo é a entrega presencial de 30 lanternas e dos carregadores durante a próxima Uniraid, que se realiza entre 15 e 23 de fevereiro.

Os estudantes contaram com o apoio do Departamento de Electrónica Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro. A empresa de eletrónica Mauser, a comunidade de empreendedores Hardware City e também a 3Dways ajudaram os alunos.

A vontade é que nos próximos tempos consigam entregar ainda mais lanternas. “Será, sem dúvida, um projeto que poderá ter facilmente continuidade dada a abrangência e impacto que pensamos que terá”, conclui Pedro Magalhães.

Artigo editado por Filipa Silva