Com a propagação do Covid-19 em Portugal, a Universidade do Porto (UP) nomeou uma taskforce – grupo de trabalho – para delinear o plano de contingência da instituição. O documento vai reunir um conjunto de orientações e procedimentos a adotar consoante a evolução do vírus. Apesar de ainda não ter sido aprovado – o que deverá acontecer “ainda esta semana”, de acordo com fonte da instituição -, o plano prevê, no limite, a possibilidade de suspenção de aulas ou o encerramento de instalações.

Ao JPN, a mesma fonte explica que “o plano não dá resposta ao momento atual, dá resposta a um largo espaço de tempo“. Nesse sentido, o plano está desenhado em diferentes fases com as respetivas orientações.

Entre os procedimentos de controlo a adotar pela instituição estão, por exemplo, o reforço das ações de limpeza, a utilização de desinfetante nessas ações, a disponibilização de desinfetante assim como a sensibilização da comunidade académica para as normas de higiene a tomar para evitar a propagação de infeções.

Segundo a mesma fonte, o estado de contágio atual no país, não implica ainda uma alteração profunda nos hábitos.

Antes da formação da taskforce, a instituição usou o site oficial e o correio eletrónico para reforçar junto da comunidade académica as diretivas emitidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

O grupo de trabalho é liderado pelo pró-reitor para a Responsabilidade, Ação Social e Saúde e Bem-Estar, José Castro Lopes, e junta especialistas de diversas áreas, que vão, por exemplo, da Saúde Pública à Higiene e Segurança no Trabalho, além de também incluir representantes dos estudantes.

Em caso de necessidade, a instituição não invalida a possibilidade de serem requisitados novos elementos de serviços específicos, por exemplo, de limpeza ou de gestão de instalações.

A UP é a segunda maior universidade do país e acolhe mais de 29 mil estudantes portugueses, quase 2,5 mil docentes e investigadores e mais de 1,5 mil não docentes. Já a nível internacional, são mais de quatro mil os estudantes que passam pela instituição ao longo do ano letivo.

Se por um lado a UP ainda não aprovou um plano de contingência, entidades como a Assembleia da República, a Câmara Municipal do Porto ou a Câmara Municipal de Matosinhos já acionaram os respetivos planos.

Do conjunto de universidades públicas portuguesas, duas instituições ativaram já os planos de contingência para o Covid-19: a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade dos Açores.

Artigo editado por Filipa Silva.