O Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) queixou-se, esta sexta-feira, de “desigualdade de tratamento” dos profissionais que representa na distribuição de equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas, no contexto de combate à pandemia do COVID-19 nos hospitais portugueses.

No ofício, que fez chegar aos conselhos de administração dos hopitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o STSS diz ainda que a falta de material de proteção “está a gerar um clima de grande instabilidade e perplexidade” entre os profissionais.

Ao JPN, Fernando Zorro esclarece que os técnicos de diagnóstico “não estão a ser contemplados na primeira linha, embora sejam eles que estão na primeira fase de diagnóstico”.

Para o vice-presidente do STSS, a falta de máscaras e luvas são um dos motivos para que os Técnicos de Diagnostico se sintam “discriminados” em relação a outros profissionais. “Eles sentem-se menosprezados em relação a áreas de primeira linha, mas o facto é que estes profissionais também estão em contacto com os doentes e por isso também são cadeias de transmissão”, afirma Fernando Zorro.

“Nós não estamos numa fase de apontar o dedo a ninguém”, diz Fernando Zorro, que não quis adiantar quais as unidades em que se verifica a falta de material. O sindicato quer deixar “um alerta”, numa fase que o vice-presidente classifica de “construtiva junto com a DGS, o Ministério da Saúde e com a população em geral”.

O responsável do STSS espera que sejam tomadas medidas concretas no sentido de corrigir a situação: “Nós queremos ações e que não nos venham dizer, sim senhor, vamos corrigir”.

O último balanço emitido pela Direção-Geral da Saúde indica a existência de 112 casos confirmados de COVID-19 em Portugal, 1308 casos suspeitos e 1 caso recuperado.

Artigo editado por Filipa Silva