A Câmara Municipal do Porto (CMP) vai fazer uma “mega operação de rastreio” à COVID-19 junto de residentes e funcionários de todos os lares de idosos da cidade, anunciou a autarquia esta quinta-feira em comunicado. No total, mais de 1.500 pessoas vão ser testadas.

De acordo com a informação camarária, os rastreios vão ser feitos “nos próximos dias”. Uma operação de rastreio destas proporções é “inédita no país”, pode ler-se, ainda, no documento.

A ideia partiu da Câmara Municipal do Porto, mas conta com o apoio do Hospital de São João, dos centros de saúde, Exército Português e dos bombeiros municipais. As camas que vão ser usadas na mega operação vão ser montadas na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota e na Pousada da Juventude. Toda a ação vai ser feita em articulação com o Hospital de Santo António.

O Hospital garante a análise das amostras e os resultados dos testes em 24 horas, os centros de saúde recolhem as amostras, o Exército monta 300 camas e os bombeiros estão encarregados do transporte dos idosos e funcionários, bem como da assistência pré-hospitalar.

A CMP está, ainda, a preparar espaços para separar os resultados positivos dos negativos ao vírus. Os que não estejam infetados, com o auxílio do Batalhão de Sapadores dos Bombeiros do Porto, vão ser transportados para espaços descritos no comunicado como “limpos”. O Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota e a Pousada da Juventude do Porto estão entre esses espaços.

Segundo o documento enviado à imprensa, a Fundação Fosun e a Gestifute também foram parceiros importantes. As duas instituições disponibilizaram à CMP cinco mil testes para a COVID-19.

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, citado no documento, deixa o alerta: “Não podemos abandonar os lares e estas populações neste momento e tudo faremos, até ao limite das competências municipais e das nossas próprias forças, para salvar todos os que pudermos salvar”.

De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde desta sexta-feira, o Porto é o concelho do país com mais casos confirmados (317). Há, nesta altura, 76 vítimas mortais a lamentar em Portugal. Destas, 80% tinha mais de 70 anos.

Artigo editado por Filipa Silva