A Câmara Municipal do Porto (CMP) está a montar um hospital de campanha com mais de 300 camas no SuperBock Arena/Pavilhão Rosa Mota, que estará pronto daqui por uma semana.

Esta terça-feira, de acordo com a autarquia, começaram os trabalhos para “erguer” o novo “Hospital Porto.”, uma nova unidade de saúde que servirá de apoio aos Centros Hospitalares de São João e Universitário do Porto (Santo António).

A Câmara Municipal do Porto (CMP) revela que o hospital se destina a receber “doentes infetados com Covid-19, assintomáticos ou com sintomas ligeiros e sem possibilidade de isolamento no seu domicílio”.

A estrutura hospitalar erguida pela CMP pode ser também usada por “doentes infetados com necessidade de cuidados médicos devido a outras patologias”. Os serviços de saúde são também estendidos a “doentes em fase de convalescença, após infeção pelo novo coronavírus”, pode-se ler no comunicado.

Um dos objetivos para o município portuense passa por “aliviar a pressão sobre os dois principais hospitais públicos da cidade que têm estado na primeira linha de atuação à doença”, refere a CMP.

A construção deste hospital temporário tem o apoio dos dois centros hospitalares do Porto e do Exército Português, com a gestão clínica a ser assegurada pelo Conselho Regional da Ordem dos Médicos.

Rastreio a Lares

Desde o passado domingo que os utentes e funcionários dos lares da cidade do Porto estão a ser testados para a Covid-19, numa medida que chega a cerca de três mil pessoas, recorda a autarquia.

O rastreio à COVID-19 nos lares do Porto conta com a supervisão do Hospital de São João e do Centro Hospitalar Universitário do Porto, e com a colaboração dos Agrupamentos de Centros de Saúde da cidade. “Até ao momento já foram testados centenas de utentes”, diz a autarquia, numa medida deverá ficar completa em “poucos dias”, assegura.

O Pavilhão Rosa Mota estava até poucos dias reservado pelo Município do Porto para ser um dos centros de acolhimento para idosos, que desde o passado domingo estão a ser testados, na eventualidade de serem deslocalizados dos lares da cidade.

Um acordo entre a CMP e Diocese do Porto vai permitir agora que o Seminário de Vilar, assim como a Pousada da Juventude, possam albergar em isolamento, os utentes dos lares que não estejam infetados.

Rastreio na população geral

No Queimódromo está também a funcionar há cerca de duas semanas o centro móvel de rastreio de COVID-19. A parceria entre a Câmara do Porto, Unilabs e a ARS Norte, já permitiu realizar milhares de testes, tornando a cidade e a região das “mais testadas” no país, diz a autarquia portuense.

Os utentes que sejam portadores de prescrição do SNS e que sejam direcionados para este centro móvel não terão qualquer custo associado na realização do teste para a Covid-19.

Artigo editado por Filipa Silva