Foi lançada no final do mês de março a aplicação “Posso Ir?“, cujo objetivo é permitir aos utilizadores que evitem grandes concentrações de pessoas nas filas de espera dos estabelecimentos comerciais. A “Posso Ir?” foi desenvolvida por Luís Certo e João Lobato, dois ex-alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) que também fundaram a LapaStudio, startup sediada no Porto.

“O Tech4Covid-19 foi a motivação”, explica Luís Certo ao JPN, em referência ao movimento nacional de startups tecnológicas, do qual fazem parte várias spin-offs e startups da Universidade do Porto (UP). No total, em todo o país, são mais de cinco mil pessoas de 250 empresas diferentes que visam procurar soluções tecnológicas para os problemas criados pela Covid-19.

“Chegámos à conclusão que o conceito era interessante. Daí para a frente, várias empresas e voluntários do Tech4Covid-19 já se juntaram a nós”, conta Luís Certo.

O modo de funcionamento da aplicação permite aos utilizadores verificar o estado das filas nos estabelecimentos mais próximos e, assim, evitar os maiores aglomerados de pessoas. A informação é reportada pelos próprios utilizadores que se encontram nas filas de supermercados, farmácias ou hipermercados, por exemplo.

Luís Certo explicou, ainda, ao JPN, que a informação reportada pelos utilizadores pode dividir-se em três estados: “sem fila ou fila pequena para zero a cinco minutos de espera; fila média para cinco a vinte minutos de espera e fila longa, para esperas que vão para além disso”.

Com mais de 30 mil utilizadores, a fase de estabilização da aplicação está, de acordo com Luís Certo, a ser especialmente exigente: “Estamos sempre a trabalhar em full-time na aplicação: a desenvolver novas funcionalidades e a corrigir bugs. Nesta fase estamos mesmo muito focados em estabilizar a app“, admite.

Apesar de avançar que, “para já”, o funcionamento da aplicação é “colaborativo”, Luís Certo também definiu quais os objetivos a curto-prazo: “A ideia é termos duas camadas de informação: a camada colaborativa e a camada oficial, ou seja, as próprias pessoas que estão nos hipermercados, como os seguranças, reportarem o estado da fila de forma frequente”, avançou Luís Certo.

Todo o processo de criação da aplicação esteve inserido no programa , um movimento à escala nacional, da qual fazem parte várias spin-offs da Universidade do Porto e startups instaladas no Parque de Ciência de Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC). No total, em todo o país, são mais de cinco mil pessoas de 250 empresas diferentes que visam procurar soluções tecnológicas para os problemas criados pela Covid-19.

A “Posso Ir?” é uma aplicação gratuita, disponível para Android e para iOS. Depois de instalada, para funcionar, a aplicação apenas precisa de aceder à localização do dispositivo. Não há a necessidade do utilizador criar nenhuma conta e o dispositivo identifica, automaticamente, uma lista de estabelecimentos cuja situação ao nível das filas depende da informação reportada por outros utilizadores. A aplicação contempla, ainda, a funcionalidade de filtrar as áreas geográficas nas quais o utilizador quer recolher informação.

Artigo editado por Filipa Silva