Aos 46 anos o ator Filipe Duarte morreu durante a madrugada desta sexta-feira (17) vítima de um enfarte do miocárdio, confirmou à agencia Lusa fonte próxima da família.

A notícia e as causas da morte foram avançadas pela SIC, que tem atualmente em exibição a telenovela brasileira da emissora Globo “Amor de mãe”, na qual o ator dá vida ao personagem Gabo.

A Academia Portuguesa de Cinema também já se pronunciou. Numa publicação do Facebook, a instituição lamenta a morte do ator e deixa os “mais sentidos pêsames para com a sua família e também para toda a família do cinema português”.

É com a maior tristeza e ainda em choque, que damos a notícia do inesperado falecimento do actor e membro da nossa…

Publicado por Academia Portuguesa de Cinema em Sexta-feira, 17 de abril de 2020

Natural de Angola, onde nasceu em 1973, Filipe Duarte veio, desde muito cedo, para Portugal onde estudou teatro, acabando por se estrear com a Companhia Teatral do Castelo e com o Teatro da Garagem, nos anos 90.

No entanto, foi no Cinema e em televisão que construiu a sua carreira de ator. No grande ecrã, o ator esteve recentemente em “Mosquito“, de João Nuno Pinto, e em Variações” de João Maia – para o qual está nomeado na categoria de “Melhor Ator Secundário” nos Prémios Sophia da Academia Portuguesa de Cinema.

Foram mais de 30 filmes a contar com a presença de Filipe Duarte. Desde curtas-metragens a telefilmes, de comédia a romance, o ator foi extendendo a sua carreira fazendo de tudo um pouco. Trabalhou com António-Pedro Vasconcelos, Manuel Mozos, Margarida Cardoso, Vitor Gonçalves, mas rodou sobretudo com Luís Filipe Rocha e Tiago Guedes.

Destacando-se com o filme “A outra margem” (2007), de Luís Filipe Rocha, que lhe valeu o prémio de “Melhor Ator” no Festival de Cinema de Montreal, no Canadá.

Em 2004 regressou a África para participar em “A costa dos murmúrios“, de Margarida Cardoso, rodado em Moçambique. Altura em que decidiu obter dupla nacionalidade, portuguesa e angolana.

Filipe Duarte tinha acabado há pouco tempo as filmagens da longa-metragem “Nothing Ever Happened, de Gonçalo Galvão Teles, que ainda não estreou, e com quem rodou em 2010 a curta “Senhor X“.

Em televisão, participou em telenovelas, séries, programas para a infância, dando também voz a anúncios publicitários, desenhos animados e videojogos.

O ator de 46 anos fez também parte de alguns projetos televisivos como “A febre do ouro negro” (2001), “A Ferreirinha” (2004), “Equador” (2008) “e “Belmonte” (2013).

Um choque para os colegas e para o público

O óbito de Filipe Duarte revelou-se um choque para diversas personalidades, apanhando de surpresa atores, apresentadores e o público em geral.

Foi o caso da atriz Silvia Rizzo que partilhou uma publicação na sua conta de Instagram onde afirma estar “profundamente triste e em choque” com a notícia.

Através de uma nota publicada no portal da Presidência da República, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa também enviou condolências à família do ator.

“É triste perdê-lo, tão novo, a meio de uma carreira e de uma vida”, lê-se na nota.

O diretor de programa da SIC, Daniel Oliveira, também lamentou a “perda irreparável” do ator.

“Filipe era um dos melhores atores da sua geração, cuja marca do talento ficará para sempre entre nós. Em nome da SIC, onde o Filipe Duarte trabalhou em projetos como “Fúria de Viver” ou “Teorema de Pitágoras“, deixamos as nossas mais sentidas condolências à família e amigos do Filipe”, declarou o diretor à N-TV.

O apresentador Manuel Luís Goucha também já reagiu nas suas redes sociais. O anfitrião das manhãs da TVI descreve Filipe Duarte como uma pessoa e um profissional “exigente“, ao que se deve a sua “excelência“, acrescenta.

Várias foram as manifestações dos seus pares e do público. Quer no Instagram ou no Facebook, são imensas as mensagens de homenagem e apoio à família.

Artigo editado por Filipa Silva