O novo Centro de Recolha Oficial de Animais (CROA) já chegou à freguesia de Campanhã, no Porto. A conclusão do projeto estava prevista para maio do ano passado, mas foi adiada para o início de 2020. Contudo, os últimos animais foram instalados apenas no passado fim de semana.

Para a deputada do PAN Porto, Bebiana Cunha, a obra é um dado positivo, mas ainda há trabalho a fazer pela saúde pública animal no Porto, diz. “Felizmente, no município do Porto, também devido a uma grande pressão social de vários munícipes, há um caminho a ser trilhado, mas de forma lenta. A nossa expetativa é que o município do Porto possa estar na vanguarda nesta matéria e possa, até, ser inspirador para outros municípios. Neste momento, ainda não o é”, diz a deputada ao JPN.

As condições da nova estrutura permitem que o número de boxes (espaços onde os animais são instalados) passe para mais do dobro – de 94 para 220. O novo equipamento não está, ainda, aberto ao público. Bebiana Cunha explica ao JPN que o partido ainda não teve oportunidade de avaliar o “produto final”, depois de o PAN ter visitado a obra enquanto esta “ainda estava a decorrer”, em maio de 2019.

A deputada lembra que, nesta altura, ainda não houve oportunidade de visitar o CROA, tendo em conta a situação “sanitária”. “Já solicitámos uma visita para assim que for possível, até para conhecermos o resultado final da obra”, garante.

Ao JPN, Bebiana Cunha dá dois exemplos de políticas que, do ponto de vista do partido, são prementes no que toca a melhorar o papel de um canil municipal. “Para nós será fundamental que a autarquia consiga desenvolver um programa de voluntariado; (…) outro aspeto que, para nós, é fundamental garantir é a questão da existência de transportes públicos para o local”, defende a deputada do PAN.

Apesar de não estar aberta ao público, a obra já foi visitada pelo vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, Filipe Araújo, responsável pelo Pelouro da Inovação e Ambiente. Os serviços mínimos estão garantidos no CROA, que se instalou numa parcela de terreno que integra, ainda, o viveiro municipal. Assim sendo, a alimentação e limpeza das boxes e a resposta a situações de emergência e recolha de animais errantes, feridos ou mortos, continuam a acontecer.

As novas instalações prevêem uma separação física entre as zonas de adoção e de recolha oficial, que tem como objetivo fazer com que o processo de adoção seja mais responsável e seguro. A obra foi concluída no âmbito do “Plano de controlo e bem-estar das populações de cães e gatos”, desenhado em 2015 para minimizar a eutanásia destes animais alojados em canis.

Entre os serviços garantidos pelo novo CROA estão incluídos um bloco cirúrgico para a esterilização de cães e gatos, uma sala de enfermagem independente para tratamento e acompanhamento clínico dos animais alojados, zonas de exercício e sociabilização e uma área de tosquia e higienização.

Artigo editado por Filipa Silva.