O MáscarasComvida é um concurso de desenvolvimento de máscaras de proteção alternativas, destinadas à população geral. A iniciativa, levada a cabo por 20 voluntários de diversas áreas, tem o objetivo de reduzir a procura, por parte da comunidade, pelas máscaras destinadas aos profissionais de saúde.

“A ideia surgiu porque um conjunto de amigos percebeu que havia uma necessidade muito grande de, por um lado, reduzir a pressão que existe sobre as máscaras destinadas a utilização hospitalar e, por outro lado, produzir máscaras comunitárias com os materiais corretos”, afirma ao JPN o impulsionador do projeto, Vítor Verdelho, e responsável pela coordenação e gestão a equipa promotora de voluntários.

“Em primeiro lugar pretendemos chamar à atenção para o problema. Em segundo lugar, pôr as pessoas a trabalhar para conseguirmos ter máscaras reutilizáveis, que são bonitas e que têm os materiais certos”, acrescenta Vítor Verdelho.

“Ao contrário de outras culturas, não estamos habituados ao uso diário de máscaras e o sentimento de desconforto é perpetuado pelo uso de máscaras cirúrgicas em massa. Mas, apesar de inestéticas, são indispensáveis aos profissionais de saúde, e a sua utilização em massa acarretaria enormes custos ambientais, dado que são descartáveis”, afirma o MáscarasComvida num comunicado enviado à imprensa.

Assim sendo, o projeto pretende que sejam criadas soluções alternativas, baseadas em boas escolhas de materiais e seguindo boas práticas, quer para empresas têxteis, quer para as famílias.

O concurso vai atribuir quatro prémios, com categorias diferentes: produção industrial, no valor de cinco mil euros; produção em ateliers de costura no valor de três mil euros; produção em casa, no valor de mil euros e improviso circunstancial, no valor de 500 euros.

O jurí, composto por seis elementos do grupo de voluntários promotores do prémio, pode ainda ceder um prémio no valor de 15 mil euros a um projeto que considerem excecional. No momento, a organização está ainda à procura de patrocinadores para o projeto.

Os interessados devem fazer uma pequena apresentação do processo de produção, materiais utilizados e design, apresentar uma análise comparativa do desempenho técnico das máscaras, uma avaliação de custos diferentes cenários e uma análise sobre a viabilidade de execução e scale-up.

As candidaturas, individuais ou em equipa, podem ser feitas no site oficial da iniciativa até dia 20 de maio.

Artigo editado por Filipa Silva.