O festival de cinema global “We Are One”, que começa a 29 de maio e decorre até 7 de junho no YouTube, vai contar com a colaboração de 20 festivais de cinema de todo o mundo. Veneza, Cannes, Berlim, Sundance ou Tribeca são alguns dos que vão disponibilizar filmes para ver em streaming. A empresa que promove o último, a Tribeca Enterprises, é a responsável pela organização do evento que pretende entreter e ajudar em tempos de pandemia.

O acesso vai ser gratuito, através da conta do festival no youtube, e a visualização não será interrompida por anúncios. No entanto, é encorajada a contribuição com doações, que serão endereçadas à Organização Mundial de Saúde e outras instituições pelo mundo, para combater o novo coronavírus.

Trata-se de uma co-curadoria cinematográfica nunca antes feita, que os próprios promotores intitulam de “evento histórico”. Jane Rosenthal, presidente da Tribeca Enterprises, num comunicado enviado à imprensa, citado pela revista “Variety“, destaca essa unicidade: “trabalhando com os extraordinários festivais nossos parceiros e com o YouTube, esperamos que todos fiquem com uma ideia do que torna cada um destes festivais algo de tão único e que possam apreciar a arte e o poder dos filmes”.

A programação ainda não foi divulgada mas, segundo o anúncio da organização, vão ser revelados os filmes nas próximas semanas. Os espectadores podem contar com longas e curtas-metragens de ficção, documentais, música, comédia e debates.

Entre os festivais participantes estão ainda os de San Sebastián, Annecy, Londres, Locarno, Karlovy Vary, Sarajevo, Marraquexe, Nova Iorque, Guadalajara, Jerusalém, Bombaim, Macau, Tóquio e Sidney. Muitos ainda não desistiram das suas edições para 2020 e a incerteza cresce sobre o adiamento ou cancelamento dos grandes eventos do cinema face à evolução da COVID-19. Contudo, o “We Are One” não surge como uma substituição virtual destes festivais internacionais.

Sabe-se, para já, que o Festival de Veneza anunciou o arranque da sua edição a 2 de Setembro, e que a realização do Festival de Cannes – depois de dois adiamentos e de excluída a hipótese de uma edição virtual – continua incerta.

Artigo editado por Filipa Silva