Foi aprovada esta segunda-feira a extensão da gratuitidade do Andante aos jovens estudantes do Porto até aos 18 anos, em reunião de Executivo da Câmara Municipal do Porto (CMP). O título “Porto.13-15” estende-se agora aos estudantes residentes na cidade, num investimento de 1.2 milhões de euros, mais 90 mil euros mensais face ao primeiro ano de implementação do programa.

Exclusivo para o Município do Porto, o Andante gratuito vai passar a beneficiar de um novo modelo: a CMP irá pagar apenas as viagens dos alunos que efetivamente usem o título de transporte.

“A partir de agora só vamos pagar pelas viagens que os alunos vão usufruir. Anteriormente não era assim por razões meramente operacionais e técnicas”, informou a vereadora dos Transportes, Cristina Pimentel, em reunião privada de Executivo Municipal, realizada na manhã desta segunda-feira, como consta num comunicado enviado à imprensa pela autarquia. A responsável adiantou ter sido esse o acordo estabelecido entre a Câmara do Porto e o agrupamento TIP – Transportes Intermodais do Porto, que estará em condições de vigorar brevemente.

Aprovada estratégia municipal para sem abrigo

Na mesma reunião foi também aprovada a estratégia municipal para pessoas em situação de sem abrigo. A  Estratégia Municipal para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo 2020-2023 inclui a duplicação do alojamento de longa duração, o aumento do número de camas no Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano, a abertura de mais dois restaurantes solidários – um na Boavista e outro na Baixa – além do reforço dos programas de capacitação e de integração socioprofissional.

O programa inclui a disponibilização de 32 alojamentos, com a proposta de uma celebração de um protocolo com a SAOM – Serviços de Assistência Organizações de Maria. A IPSS da cidade vai assegurar a implementação do projeto “Porto Sentido – Habitação, Capacitação, Reinserção“.

Segundo o último diagnóstico do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo Porto (NPISA), realizado em dezembro de 2018, existem no Porto 560 pessoas em situação de sem abrigo, sendo que dentro deste número, 140 são sem teto, ou seja, vivem efetivamente nas ruas. 

Apesar de ainda não estar concluído um diagnóstico mais recente, o vereador responsável pelo pelouro da Habitação e Coesão Social, Fernando Paulo, disse, na reunião desta segunda-feira, não ficar admirado com uma subida dos números, no decorrer na pandemia.

A Estratégia Municipal para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo 2020-2023 aprovada por maioria, com abstenção da vereadora da CDU, Ilda Figueiredo.

Artigo editado por Filipa Silva.