1) Pensar o futuro através dos livros
Sexta-feira, 21h00, Zoom
Conduzida por Nuno Camarneiro, vencedor do Prémio Leya de 2013 com a obra “Debaixo de Algum Céu”, a Comunidade de Leitores de Matosinhos continua a discutir livros que, por sua vez, discutem o mundo em que vivemos.
A quarta sessão do ciclo “O Futuro é um País Estrangeiro – Distopias Literárias” vai desta vez debruçar-se sobre “Um Piano Para Cavalos Altos”, de Sandro William Junkeira. O autor nascido na Rodésia que vive desde os dois anos em Portugal vai participar na sessão, que será transmitida em direto no Facebook da Biblioteca Municipal Florbela Espanca.
Quem quiser ter a possibilidade de participar ativamente na conversa pode fazê-lo através da plataforma Zoom, mediante inscrição prévia através deste formulário.
2) Vieira da Silva: Um Olhar Singular
Segunda a domingo, Casa-Museu Teixeira Lopes / Galerias Diogo de Macedo
Em Vila Nova de Gaia, continua aberta ao público, de forma gratuita, a exposição dedicada a uma das artistas plásticas portuguesas mais bem-sucedidas no plano internacional: Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992).
Nas Galerias Diogo de Macedo estão expostas 64 criações da artista, que incluem esboços, estudos anatómicos e pinturas produzidas entre 1926 e 1986, numa busca pelo “’olhar’ singular da pintora, revelando os múltiplos caminhos da sua pesquisa, em busca do enigma do espaço”, como explica o texto que acompanha a folha de sala da exposição.
A mostra pode ser visitada até 26 de julho, de segunda-feira a domingo, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. As galerias ficam a sete minutos a pé da estação de metro da Linha Amarela “Câmara de Gaia”.
3) Um concerto mandado para o espaço
Sábado, 18h30
Com os pés na terra, mas com os olhos postos no universo vai ser possível assistir no final da tarde deste sábado ao Concerto Germinal, uma sessão de música improvisada emitida a partir da cúpula do Planetário do Porto.
À porta fechada, o concerto vai ser exibido online, em live stream, numa sala virtual especialmente desenhada para o efeito, a qual, garante a organização, “permitirá partilhar não só o concerto sem diminuição da qualidade de som e imagem, como garante a viagem até à exosfera através do seu ecrã.”
A proposta do Cão Danado, em parceria com o Planetário do Porto, junta três nomes importantes da música contemporânea portuguesa: o saxofonista Rodrigo Amado, a harpista Angélica V. Salvi e o baterista João Pais Filipe (com quem o JPN falou em abril a propósito do seu mais recenet trabalho).
Os bilhetes custam dois euros e estão à venda na BOL.
P.S. Para os amantes do jazz, não faltam propostas este fim de semana. Do concerto de Marta Ren com a Orquestra Jazz de Matosinhos na Real Vinícola/Casa da Arquitetura (sábado, 19h00), à estreia absoluta do projeto “The Deathless Horsie” de Paulo Chagas no Jazz no Parque da Fundação de Serralves (sábado, 18h00), passando pelo concerto do trio Trocado/Tavares/Constanzo no Quintal da Porta-Jazz (Rua João das Regras, 305), no Porto. O primeiro é de entrada livre, o segundo tem um custo de 5 ou 10 euros, o último custa entre 3 ou 5 euros. Em todos os casos, há limitações na lotação dos espaços, decorrente das normas de segurança da Direção-Geral da Saúde.
4) Há Filmes na Baixa!
Sexta e sábado, 19h00, Passos Manuel
Este fim de semana há também propostas únicas na área do cinema. Depois do Cinema Ideal, em Lisboa, é a vez da Invicta acolher uma seleção de alguns dos filmes mais marcantes da última edição do Doclisboa, numa colaboração do festival lisboeta com o Porto/Post/Doc.
Cena de “Santikhiri Sonata” de Thunska Pansittivorakul
O ciclo estreou na quinta-feira e tem filmes programados para esta sexta-feira (10) e sábado (11). Hoje, está em cartaz “143 rue du désert” de Hassen Ferhani, sobre a história de Malika, uma mulher que vive no meio do Saara argelino. Amanhã, passa “Santikhiri Sonata” do tailandês Thunska Pansittivorakul que venceu o Grande Prémio Cidade de Lisboa para Melhor Filme da Competição Internacional do Doclisboa 2019.
O preço dos bilhetes varia entre os dois euros (estudante) e os cinco euros. A programação completa do ciclo, que se estende até 18 de julho, pode ser consultada no site do Porto/Post/Doc.
5) Curtas em modo drive-in esgotado, mas com oferta online em “saldo”
Para assinalar o dia em que abriria a sua 28ª edição, se não tivesse sido adiado por causa da pandemia da Covid-19, o Curtas de Vila do Conde organizou uma sessão especial no espaço Drive-in, instalado na Seca do Bacalhau de Vila do Conde.
Cena de “A Ver o Mar”, de Ana Oliveira e André Puertas, rodado perto do local onde será agora exibido.
A má notícia é que a sessão, na qual vão ser exibidos “A Ver o Mar”, de Ana Oliveira e André Puertas, “Amélia & Duarte” de Alice Guimarães e Mónica Santos, “Logorama” de François Alaux, Hervé de Crécy e Ludovic Houplain, “Os Humores Artificiais” de Gabriel Abrantes e “Panique Au Village: La Bûche” de Nöel de Stéphane Aubier e Vincent Patar, já está esgotada.
A boa é que o Curtas vai disponibilizar online 16 filmes premiados no festival, a um preço especial, de 11 a 19 de julho, através do serviço de video on demand da Agência da Curta Metragem.
O Curtas de Vila do Conde em versão presencial regressa em outubro, de 3 a 11 desse mês.
6) Diogo Jesus a.k.a. Rudolfo na GMP
Terça a domingo, Galeria Municipal do Porto
Uma exposição de raro relevo no universo da banda desenhada independente está patente por estes dias na Galeria Municipal do Porto. “Apesar de não estar, estou muito” é uma reunião de desenhos, objetos, vídeos e textos produzidos desde 2007 pelo ilustrador portuense Diogo Jesus, que também edita e publica como Rudolfo.
“Apesar de não estar, estou muito”, de Diogo Jesus, na GMP
Dono de um vasto universo de personagens humanas e sobrehumanas, os trabalhos expostos na Mezzanine da GMP são “atravessados tanto pelo seu sarcástico humor como por uma dilacerante honestidade”, como descreve a folha de sala da exposição.
A curadoria da exposição, patente até 16 de agosto, coube a João Ribas, ex-diretor do Museu de Serralves. A entrada é livre.
7) Cinema no feminino, com debate no final
Domingo, 22h05, Cinema Trindade
O Cinema Trindade já “desconfinou” há algum tempo, mas foi esta quinta-feira que viveu os seus melhores momentos pós-abertura, com dois cine-concertos esgotados do filme “Surdina” de Rodrigo Areias, musicado ao vivo por Tó Trips.
Para domingo, há mais um momento único agendado. Depois da estreia, esta quinta-feira, no cartaz do Cinema Trindade, o programa “Três Realizadoras Portuguesas” vai ter direito a uma sessão especial à noite. Além da exibição conjunta das curtas-metragens “Cães que Ladram aos Pássaros” de Leonor Teles, “Ruby” de Mariana Gaivão e “Dia de Festa” de Sofia Bost, haverá lugar a um debate, no final, com a presença de Leonor Teles e de Mariana Gaivão, com Sérgio Gomes a moderar.
Trata-se de uma celebração do cinema português no feminino com películas com “um notável percurso pelos festivais de cinema nacionais e internacionais”. “Cães que Ladram aos Pássaros” foi rodado no Porto e o JPN conversou com Leonor Teles sobre o filme a propósito da antestreia no Porto/Post/Doc do ano passado.
Os bilhetes custam entre 4,5 euros (Tripass) e 6 euros (normal) e é preciso fazer reserva por e-mail ou telefone através dos contactos: [email protected]; 915695279 ou 223162425. A programação completa pode ser consultada no site do Cinema Trindade.