Numa partida a contar para a sétima jornada, o FC Porto procurou não perder terreno para os primeiros classificados da Liga NOS – Sporting CP, SL Benfica e SC Braga – e venceu o Portimonense, no Estádio do Dragão, por 3-1. Os azuis e brancos entraram mal na partida e chegaram a estar em desvantagem no marcador, mas deram a volta ao resultado e saíram com os três pontos. O homem do jogo foi Sérgio Oliveira, que fez o sexto golo na presente temporada.
Depois de uma vitória clara na passada terça-feira contra o Marselha, na Liga dos Campeões, a equipa de Sérgio Conceição queria voltar ao caminho das vitórias no campeonato português, depois do desaire contra o Paços de Ferreira na Capital do Móvel. Em relação ao último jogo, Sérgio Conceição não fez qualquer alteração no onze inicial. O técnico portista apostou num 4-4-2, com Otávio e Jesús Corona nas alas no apoio a Luis Díaz e Marega na frente de ataque.
Por sua vez, Paulo Sérgio fez três alterações. Destaque para as entradas de Fahd Moufi e Beto, para o lugar de Fali Candé e Fabrício. Pedro Sá, de fora por lesão, deu o lugar a Lucas Possignolo.
Ineficácia portista
Com o FC Porto a querer controlar o jogo, os minutos iniciais foram de equilíbrio. A primeira oportunidade surgiu por meio de uma combinação entre Otávio e Luis Díaz, com um remate de fora de área do brasileiro bastante desenquadrado com a baliza. O Portimonense respondeu da mesma maneira, através de um livre cobrado por Lucas Fernandes para a cabeça de Willyan, mas sem perigo.
Ao minuto 14, o Portimonense chega à vantagem. O golo foi de Beto, depois de uma perda de bola de Matheus Uribe no meio-campo portista. Moufi a aproveitou bem o erro e cruzou a bola tensa para o segundo poste, onde Beto ganhou nas alturas a Mbemba fazendo o primeiro golo da partida.
Menos de 3 minutos depois, os dragões, através de um canto cobrado por Sérgio Oliveira, criaram bastante perigo por intermédio de Uribe, mas um corte à queima roupa de Lucas Possignolo manteve a vantagem algarvia no jogo. Aos 20 minutos de jogo, os azuis e brancos voltaram a criar perigo através de uma bola parada com os mesmos protagonistas, mas o cabeceamento do colombiano voltou a não ter sucesso.
Com 30 minutos jogados e o Portimonense a criar bastantes dificuldades através de contra-ataques rápidos, o treinador-adjunto Vítor Bruno – Sérgio Conceição assistiu ao encontro da bancada, em resultado da expulsão em Paços de Ferreira – decidiu meter Taremi em detrimento de Uribe, com o objetivo de dar mais discernimento ao jogo portista no último terço do terreno. Apesar de muitos passes falhados e pouco critério no ataque, as melhores oportunidades continuavam a pertencer à equipa da casa.
No cair do pano para o intervalo, Mbemba relançou o FC Porto. Na sequência de um canto cobrado por Sérgio Oliveira, o central congolês não desperdiçou a oportunidade e fez o primeiro golo dos dragões.
Igualdade a uma bola ao intervalo e tudo em aberto para a segunda parte.
Entrada fulminante
Para correrem atrás do prejuízo, os dragões entraram com tudo na segunda parte. Taremi estreou-se a marcar com a camisola azul e branca, dando resposta a um cruzamento de Sérgio Oliveira. Estava feita a reviravolta no marcador.
O jogo baixou muito de ritmo, com as oportunidades a escassearem no início da segunda parte. Foram precisos 20 minutos para ver um lance de perigo, desta feita por Luis Díaz, que após simulação de Taremi, falhou o remate à baliza defendida por Samuel Portugal.
Aos 78 minutos, a equipa da casa podia ter sentenciado a partida, após jogada entre Taremi e Marega com Sérgio Oliveira a finalizar, mas Samuel negou o golo ao médio português.
Com o FC Porto a ter o domínio do jogo, foi preciso esperar até aos 81 minutos para o Portimonense ameaçar pela primeira vez na segunda parte, desta vez por Dener, num canto. Na resposta, os dragões podiam ter marcado o seu terceiro golo na partida em mais um lance de bola parada, mas o cabeceamento de Malang Sarr passou a milímetros do poste esquerdo.
Já quase no final da partida, o FC Porto sentenciou o jogo com um golo de Sérgio Oliveira, aos 88 minutos. Na sequência de uma recuperação de bola no meio-campo adversário, Corona conduziu o contra-ataque e o capitão portista só teve de fazer o mais fácil e encostar a bola para dentro da baliza.
O jogo terminou, assim, com a vitória do FC Porto por 3-1. Vitória que vale aos portistas a quarta posição da tabela, com 13 pontos. O Benfica, que jogou horas depois, perdeu em Braga por 3-2 e é agora terceiro com 15 pontos, os mesmos que a equipa treinada por Carlos Carvalhal. Já o Sporting, que bateu o Vitória de Guimarães no sábado, vai gozando o melhor arranque deste século no campeonato, liderando com mais quatro pontos que os segundos classificados. Já o Portimonense, baixou para a última posição da tabela.
Equipa entrou “com dificuldades”
Vítor Bruno, adjunto de Sérgio Conceição, assumiu as dificuldades no início do jogo “não entrámos bem, entramos com dificuldades”, disse na conferência de imprensa. O técnico realçou também a falta de eficácia: “o único remate enquadrado do Portimonense deu golo, já nós tivemos cinco ou seis ocasiões”. Vítor Bruno considerou ainda que o intervalo chegou na altura certa para ultimar detalhes: “o intervalo foi perfeito para encontrar os gatilhos certos para espoletar a melhor versão deles”.
Os erros pagam-se caros
Paulo Sérgio, treinador do Portimonense, ficou satisfeito com a exibição da sua equipa apesar de achar que esta está a “cometer erros infantis” que os “têm penalizado bastante”. O técnico também afirma que no início da segunda parte entraram “a dormir” e que, numa bola parada, o FC Porto “mata o jogo”.
O campeonato vai agora ser interrompido por 15 dias, primeiro para compromissos das seleções e depois para a Taça de Portugal, competição em que o FC Porto vai defrontar o Fabril do Barreiro a 22 de novembro. Por sua vez, o Portimonense desloca-se ao terreno da UD Leiria.
Artigo editado por Filipa Silva
