O FC Porto venceu, esta quarta-feira, a Juventus de CR7 e Pirlo por 2-1 no Estádio do Dragão. Taremi e Marega foram os marcadores de serviço para os dragões, naquela que foi a primeira vitória de sempre dos “azuis e brancos” diante da formação bianconeri. Coube a Chiesa, já na reta final da partida, a desfeita de emagrecer um resultado que parecia perfeito para a equipa portuguesa. A partida ficou também marcada pelo regresso dos laterais ex-portistas, Danilo e Alex Sandro à cidade invicta, assim como de Cristiano Ronaldo ao Estádio do Dragão.

Sérgio Conceição manteve-se fiel quanto à estrutura tática, apresentando um 4-4-2 com quatro alterações face ao onze do último encontro diante do Boavista FC. Mbemba e Zaidu foram as novidades no eixo defensivo. Já no meio-campo da equipa portista, Otávio na ala e Uribe mais ao centro, foram as opções do técnico dos “dragões”.

Destaque também para a presença do jovem Francisco Conceição no banco dos dragões e de Nanu que voltou depois da dura lesão que sofreu no jogo diante da BSAD.

Do lado da Juve, Andrea Pirlo apresentou também um sistema tático de 4-4-2, fazendo três alterações no seu onze. Alex Sandro, McKennie e o avançado Kulusevski foram as novidades.

Dragão com entrada fulminante

Bastou apenas um minuto após o apito de Carlos del Cerro para os dragões abrirem o marcador. Valeu a pressão “azul e branca” para a formação italiana cometer um grave erro. Betancur falhou no passe para Szczesny e foi Taremi que através de um misto de remate e corte, introduziu o esférico dentro da baliza da Juve.

O avançado portista tornou-se no quinto iraniano a marcar na UEFA Champions League e no primeiro a faturar numa eliminatória da competição.

O golo deu confiança à equipa portista que manteve uma enorme consistência defensiva durante toda a primeira parte, anulando quase sempre o futebol da Juventus que apresentou um estilo de jogo bastante lateralizado e sem soluções no último terço do terreno de jogo.

O FC Porto voltaria a ameaçar a baliza da formação bianconeri, à passagem do minuto 22, com um remate de Sérgio Oliveira de fora de área, que acabou por ser desviada pelo corpo de Alex Sandro. Contudo, a primeira metade do encontro não foi muito emotiva no que toca a ocasiões flagrantes de golo, tendo a melhor oportunidade da equipa italiana surgido pelos pés de Rabiot com um remate acrobático que Marchesín defendeu. O assistente assinalou, de todo o modo, fora de jogo por posição irregular do internacional francês.

Destaque também para a lesão do central italiano Chiellini que se ressentiu uma dor na coxa, dando assim lugar a Demiral ao minuto 35´.

Dragões aumentam, mas também sofrem

A segunda parte começou de forma idêntica à primeira, com o FC Porto a marcar após um grande ataque pela ala direita numa combinação perfeita do trio Corona, Manafá e Marega. O maliano recebeu livremente a bola, vinda de um cruzamento do lateral português, e finalizou à entrada da pequena área.

Pouco depois, Sérgio Oliveira, a quem foi entregue o prémio de homem do encontro, quase dilatou a vantagem dos “dragões” para 3-0 com um remate à entrada da área. Valeu uma enorme defesa de Szczesny.

Pirlo procurava uma solução para romper a defensiva portista e investiu na entrada de Morata para o lugar de McKennie enquanto que Sérgio Conceição apostava na consistência da zona intermediária do terreno dando entrada a Luís Diaz e a Grujic para saída de Otávio e Marega.

A vecchia signora mantinha a imagem da primeira parte e mostrava-se uma equipa muito vulgar na globalidade, tendo criado a primeira situação de grande perigo aos 70 minutos, após remate perigoso de Chiesa, prontamente bloqueado pelo guardião azul e branco.

O golo da Juve acabou por surgir ao minuto 82, numa fase em que a equipa portista já apresentava sinais de fadiga física. Uma grande arrancada de Rabiot pelo flanco esquerdo, valeu o cruzamento perfeito para os pés de Chiesa que rematou de forma precisa e convicta para o fundo das redes da baliza de Marchesín, deixando a vitória portista com um gosto amargo.

Após o golo dos italianos, o técnico portista fez entrar Francisco Conceição, estreante na prova, e o médio senegalês Loum, de modo a evitar um eventual empate dos bianconeri, que não se verificou.

Conceição deseja público e solidifica objetivos

Depois do encontro, Sérgio Conceição encontrava-se visivelmente satisfeito e referiu que a equipa “roçou quase a perfeição” diante de uma formação que está “entre as melhores do Mundo” e que este encontro merecia “público, atmosfera e emoção”. O técnico português deixou bem claro que “o foco agora é o Marítimo na segunda-feira” e que o FC Porto deve considerar que a sua Champions é o campeonato.

Mesmo após a vitória por duas bolas a uma, Conceição referiu que não festeja vitórias, mas sim qualificações “se elas acontecerem”.

Andrea Pirlo falou em falta de confiança por parte dos jogadores, logo após o golo madrugador da equipa azul e branca que deixou a Juve “a perder de um modo rocambolesco”. O técnico italiano teceu críticas à arbitragem referindo que deveria ter sido assinalada grande penalidade no último lance do encontro, entre Zaidu e Ronaldo. Pirlo referiu de que “é necessária coragem para marcar penálti, mesmo que seja no último segundo”.

As duas equipas voltam a defrontar-se a 9 de março em Turim, num jogo que será decisivo e que irá definir quem vai passar aos quartos de final. Pelo caminho o FC Porto tem ainda três jogos a contar para a Liga NOS diante do Marítimo, Sporting e Gil Vicente, respetivamente, e ainda a segunda-mão das meias-finais da Taça de Portugal, diante o Sporting de Braga.

Artigo editado por Filipa Silva